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terça-feira, 13 de outubro de 2020

A DESESPERANÇA E O INESPERADO

 


Todos temos desejos e medos. Desejamos muito o que, acreditamos, nos fará felizes e tememos muito a dor das perdas e as advindas de situações difíceis.   Muitas vezes desejamos e tememos de modo tão intenso, que eles se tornam anseios e agonias.  Desejamos saúde, amores, bens materiais, intelectuais e morais... Desejamos que nada mude quando tudo “está bem” e desejamos mudanças rápidas de tudo que entendemos como “errado”... Desejamos desse modo para nós, para o Mundo e para nossos amores mais queridos.

           E ter esperança(esperar) de tudo vir a acontecer a nosso contento não nos basta, porque é simples, exige confiança e paciência. E nós temos sempre pressa, transformando a Esperança em expectativa, ansiedade, agonia.

          Nesse processo tão difícil, insistimos teimosamente em nossos pedidos, lutas e atitudes, até que as contínuas impaciências e frustrações se transformem em raiva, mágoa, desespero e Desesperança! Afinal, estamos lutando tanto, merecemos mais, nos sentimos injustiçados e abandonados pela Vida. Desesperados, inconformados,   muito ressentidos, raivosos, podemos até desistir de tudo, abandonando pessoas e situações.   Assim é a  Desesperança, que parece marcar o início do vazio e o fim da qualquer Esperança...

           O Inesperado tem outra trajetória para acontecer. Ele chega num repente, independente de nossa vontade. Ele nos assusta, porque queremos ter o controle de tudo, porque não confiamos nas decisões da Vida e não nos entregamos a Ela. É permitido ou decidido por uma Instância Maior, como consequência de várias circunstâncias, que, na verdade, desconhecemos.  Deus tem conhecimentos que não sabemos e tem um tempo certo, que nossa pressa não aceita.

           Quando, com humildade, reconhecermos que estamos de passagem e não sabemos os porquês das situações, poderemos nos entregar às decisões da Vida, mesmo  inesperadas, e aceitá-las sem muita luta, sem muito desgaste, com paciência e confiança na força interior, que recebemos de nossa Origem.  Só então saborearemos as delícias dos “bons inesperados” e saberemos transformar os aparentes “obstáculos inesperados” em degraus para novas conquistas. 

 

 

 

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