É a sensação
que nos domina quando nos sentimos envolvidos pelo Medo. Muitos medos, muitas
inseguranças. Nossos medos nascem quando vivenciamos experiências
traumáticas/negativas, que ficam marcadas em nossa mente e em nossa memória
afetiva, consciente e inconsciente.
Existem
também os medos que nos são incutidos através de crenças ensinadas na infância e reforçadas até a idade adulta, crenças que
ligam nosso valor ao vencer, ao dinheiro, ao poder... e muitas vezes crenças idealizadas,
que se mostram impossíveis de se concretizar e nos conduzem á confusão e ao sentimento
de fracasso.
Quanto maior
a bagagem de medos ensinados ou o peso das crenças tortas e assustadoras,
quanto maior a nossa rigidez interna ao assimilá-las, quanto maior a bagagem
negativa de medos que trazemos, consciente e inconsciente, maiores serão nossos
medos e maior nossa sensação de insegurança para viver. Ao repetirmos essas
crenças ou relembrarmos continuamente essas situações, vamos reforçando a negatividade
envolvida e nos tornando mais inseguros, incompetentes para lidar com situações
diferentes e “perigosas”. Sentimos medo, raiva, mágoa, ressentimento... creditando
sempre aos outros, à sociedade, à Vida!
Tentando fugir dessa sensação tão agoniada
tendemos a querer garantir a estabilidade de nosso mundo e nos apegamos a tudo
que nos seja importante ou que amamos: coisas, animais e pessoas (que se tornam
coisas para nós) Nosso ego, quanto mais
inseguro, medroso e controlador, torna-se ciumento, possessivo: Meu
marido/mulher, Meu filho. Meu adicto, Minha mãe/pai, meu/minha ...
Muito inseguros, mesmo disfarçando, cobiçamos sempre mais e mais, alardeando
sempre muito poder, saber, arrogância... para esconder nossas inseguranças.
E quanto
mais inseguros, mais complicamos nossas relações, quaisquer relações. Estamos
sempre na defensiva, com medo da perda, de sermos suplantados, trocados ... Desconfiamos!
Insegurança está sempre
atrelada à desconfiança!
Ir superando nossas Inseguranças faz parte da construção de
nossa autoestima, do processo de nossa libertação. É importante estarmos
curiosos e atentos aos nossos medos. De onde vêm? De que crenças românticas,
impossíveis, injustas? De que lembranças negativas repetidas? É importante conhecer para tirar-lhes o poder
de conduzir as nossas mentes e emoções; conhecer para poder acreditar diferente,
para ir nos conhecendo melhor, nos cuidando...
Meu valor está ligado a essas descobertas, ao enfrentamento dos meus medos e ao que consigo ir superando. E quando vou caminhando nesse processo, conduzo melhor minhas relações porque, afinal, entendo que somos o que somos a cada momento, com nossas próprias inseguranças disfarçadas.
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