Nascemos já
chorando, clamando por proteção, aconchego, Valorização, Amor! E buscamos, para
sempre, tudo isso no mundo à nossa volta: pais, família, amores, amigos,
colegas, conhecidos... Buscamos tudo isso num mundo extremamente competitivo
onde entendemos que não podemos perder, que não devemos ser menos! Não aprendemos a estar em igualdade! Disputamos desde o “ninho”
e pela vida afora, com irmãos, pais, e outros amores, por amor, com ciúmes,
mesmo quando já mais amadurecidos. Nosso
foco de atenção está sempre fora, ligado aos grupos aos quais pertencemos,
sempre atentos em nos comparar, para garantir que sejamos Valorizados e Amados.
Assim, não
queremos perder, não queremos “ser menos’. Temos muito medo de ser menos
qualquer coisa: menos fortes, menos inteligentes/cultos, menos Homem/Mulher,
menos bonitos, menos poderosos, menos generosos, menos... menos merecedores de
Amor e Valor! Quem é o melhor? Eu não quero ser o pior!
Tudo isso
nos leva à agonia e medo das comparações. Já se disse que a linguagem da
competição é a linguagem da guerra, então mentimos, manipulamos, intrigamos,
criamos aparências falsas, atitudes de bajulação, nos submetemos ou tentamos
submeter e assustar... Vale tudo para não perder?
O medo de
ser menos nos leva ao exagero e à constância, de ser ou acreditar ser mais!
Perdemos contacto com nossa essência natural e caímos no autoengano de
acreditar ser mais, alimentando um orgulho equivocado, uma vaidade tola...Na
verdade, toda soberba, vaidade, orgulho... escondem um grande medo de ser menos!
Para me
proteger, preciso acreditar, fazer crer e alardear que sou mais e melhor. Meu
ego atento e protetor assim me exige. Tudo que faço ou busco com exagero, tende
a esconder o grande medo do que me falta, para não me sentir menos: poder,
sexo, sucesso, dinheiro, status...
Para ir
libertando-me da escravidão desse ego medroso e competitivo, preciso mudar o
foco de minha atenção. Esqueça o mundo! Olhe para a verdade de quem Sou e o que
Posso, hoje. Olhe para dentro de dons, talentos, erros e falhas, com aceitação,
simplicidade e até com curiosidade! Preciso me conhecer, meus interesses,
desafios e lutas, para poder me gostar e valorizar. Não preciso competir! E
dessa forma, um dia de cada vez, vou descobrindo alegria da Libertação e a Paz!
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