Assistimos,
assombrados, casos de pessoas que acumulam quantidades absurdas de coisas e
acabam prisioneiras em suas próprias casas! Em nosso processo de auto descoberta, vale a
pena observarmos: Quanto de acumulador eu me tornei?
Acumular é a
necessidade de segurar o que nos encanta (e até o que nos machuca), de se
apegar não só a coisas, mas também a pessoas, animais, lembranças, sentimentos,
ideias, crenças, posições... que vão se acumulando em nós, em nossas vidas.
Esse apego acumulado vai tomando todo o espaço em nós, nos paralisa para
a vida e tornamo-nos aprisionados, carcereiros que nos tornamos de nossos
apegos, materiais ou não.
Existem os
acumuladores de lembranças, boas ou dolorosas, que os prendem totalmente ao
passado. O tempo passa, pessoas e situações mudam, mas eles respondem à vida
totalmente presos ao passado, vivendo um
“sonho dourado” irreal ou são acumuladores de raivas, frustrações decepções,
desconfianças, que os fecham para possíveis alegrias e amores... Outros, presos em sonhos a realizar,
mas nunca buscados, não ousados, ou em ideias não testadas, eternos
visionários.
Todo esse acúmulo de possibilidades e vidas não vividas, muitas vezes, explode de encontro a situações inesperadas e os lança num terrível vazio! E agora? Como viver sem tudo que era “meu”? Dói muito, mas pode ser a chance de “sair do ponto morto” e finalmente se libertar, reaprendendo um novo viver. A saída para estar no processo de ir desapegando pode estar no descobrir-se e, compartilhando, aprender um novo modo de ser/ estar no presente, com novas crenças e comportamentos, preenchendo nossos vazios...
Acumular é uma forma medrosa, desconfiada, carente e egoísta de lidar com a vida. É um eterno medo de faltar... Libertando-nos e libertando coisas, pessoas, sentimentos, ideias... desapegando, podemos caminhar mais leves e mais livres!