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terça-feira, 25 de maio de 2021

ACUMULADORES

 


           Assistimos, assombrados, casos de pessoas que acumulam quantidades absurdas de coisas e acabam prisioneiras em suas próprias casas!  Em nosso processo de auto descoberta, vale a pena observarmos: Quanto de acumulador eu me tornei?

           Acumular é a necessidade de segurar o que nos encanta (e até o que nos machuca), de se apegar não só a coisas, mas também a pessoas, animais, lembranças, sentimentos, ideias, crenças, posições... que vão se acumulando em nós, em nossas vidas. Esse apego acumulado vai tomando todo o espaço em nós, nos paralisa para a vida e tornamo-nos aprisionados, carcereiros que nos tornamos de nossos apegos, materiais ou não.

           Existem os acumuladores de lembranças, boas ou dolorosas, que os prendem totalmente ao passado. O tempo passa, pessoas e situações mudam, mas eles respondem à vida totalmente presos ao passado, vivendo  um “sonho dourado” irreal ou são acumuladores de raivas, frustrações decepções, desconfianças, que os fecham para possíveis alegrias e amores...            Outros, presos em sonhos a realizar, mas nunca buscados, não ousados, ou em ideias não testadas, eternos visionários.

           Todo esse acúmulo de possibilidades e vidas não vividas, muitas vezes, explode de encontro a situações inesperadas e os lança num terrível vazio! E agora? Como viver sem tudo que era “meu”? Dói muito, mas pode ser a chance de “sair do ponto morto” e finalmente se libertar, reaprendendo um novo viver.  A saída para estar no processo de ir desapegando pode estar no descobrir-se e, compartilhando, aprender um novo modo de ser/ estar no presente, com novas crenças e comportamentos, preenchendo nossos vazios... 

             Acumular é uma forma medrosa, desconfiada, carente e egoísta de lidar com a vida. É um eterno medo de faltar... Libertando-nos e libertando coisas, pessoas, sentimentos, ideias... desapegando, podemos caminhar mais leves e mais livres! 



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