Viemos ao mundo expostos ao tempo, onde enfrentamos
garoas, chuvas, tempestades... Algumas tão fortes que nem sabemos como
sobrevivemos! Mas alguns conseguiram, enfim, encontrar abrigo e amigos em uma
praia calma e ensolarada! Exaustos, puderam sentir-se ali acolhidos, queridos
e, finalmente, valorizados. Ali, sua história foi ouvida, entendida e aceita,
restando apenas o que ainda não contaram por terem, ainda, medo, desconfiança e
vergonha. Era maravilhoso estar entre amigos! Depois da borrasca era muito bom
estar nesse grupo amigo, nessa praia ensolarada e calma!
Quando isso acontece em nossas vidas, acomodamo-nos,
encantados, e não desejamos mais sair...Estamos tão cansados, física e emocionalmente,,
das lutas! Não queremos mais arriscar movimentos ou nos aprofundar em nossas
questões. Se puder, ficaremos para sempre aqui entre amigos ou lá fora, no
mundo, apenas nos distraindo... Se a vida é uma escola, queremos ficar para
sempre no recreio!
Mas a Vida não para e nos requer caminhar. Parar é
meio que morrer, perder o viço, as possibilidades... Parar é paralisar, é
encalhar, mesmo quando tentados pela gostosura dessa zona de conforto entre
amigos.
É preciso aproveitar a bonança e aprender a dar mergulhos cada vez mais profundos em nós mesmos; conhecermos e aprendermos a lidar com nossos medos, nossos defeitos e qualidades, nossos entraves... Porque, a todo momento seremos chamados do “recreio” para novos desafios. Uma Voz Maior nos chama “Fortes, aprestai-vos, porque depois da luta, teremos novas bonanças, glorificantes e merecidas”
A Vida é um banquete e não podemos ficar na porta de
entrada, na “boca de espera”, beliscando só os “tira gostos”. Precisamos
entrar, descobrir outros sabores e os nossos sabores, mesmo os mais amargos;
precisamos provar nossas doçuras,
compartilhar nossas receitas, desfrutar, enfim, cada vez mais, de tudo que
somos e podemos.
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