Quando amadureci um pouco, entendi a necessidade de
ter Paciência com os outros e com as situações que me desafiavam. Eu pensava na
Paciência com o foco externo, no mundo. Eu observava, analisava, o que era
certo e necessário para uma convivência sadia e até amorosa, mas, na verdade,
descobri que eu teorizava a Paciência, porque não a vivenciava comigo mesma.
Queria
crescer, me libertar de pensamentos, sentimentos e atitudes que descobri não
serem bons, certos ou aceitáveis... Entendi que precisava aceitar pessoas e os fatos
que eu não podia modificar... E comecei uma luta com meu ego teimoso, porque,
se eu já sabia e queria ser diferente, como ainda não conseguia?
Sem
perceber, quando falhava, eu não aceitava o que ainda não conseguia modificar
em mim. Sentia vergonha, culpa, humilhação, queria disfarçar e dar desculpas a
mim mesma, ao meu orgulho e vaidade de pessoa que buscava ser “melhor”. Mas meu
desejo, minha ansiedade, minhas expectativas, se sobrepunham, muitas vezes, às
minhas possibilidades do momento. Ficava
irritada, impaciente comigo e a impaciência é não aceitação! Ela traz a raiva,
a frustração, desgasta, corrói nossa energia e, logo ela vai atingir todos e
tudo à nossa volta.
Mais uma
vez vou descobrindo que Primeiro Eu! Preciso vivenciar em mim a Paciência para
depois conseguir ser efetivamente paciente na vida, com a vida, com os outros.
Como nos
lembra Paulo de Tarso, “O Amor é Paciente e é Bom!” E ele precisa começar em
mim. O Amor aceita o momento e o tempo de cada um de nós, e de mim mesma! Ele
nos pede compreensão, compaixão, tolerância, generosidade... a cada tropeço que
ainda tenho, a cada cilada dos meus instintos, dos meus medos, na minha busca
de prazer, de poder... Como é difícil ir resistindo, educando e superando a
força de meus instintos e do meu ego!
A
Paciência amorosa, calma, lúcida, perseverante, nos favorece serenidade nas
atitudes firmes, nos limites que buscamos para nós mesmos e em nossas relações.
Só a Paciência fortalecida pela fé amorosa em Deus nos faz manter viva a
Esperança de dias melhores.
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