Amar é uma
necessidade! É um sentimento gostoso, delicado, que me nutre a alma, que se
expande por meu Ser. Amar me amansa a alma e me lava das raivas, das mágoas, dos
desprezos... de tudo que me torna seca, árida, áspera, sem a vibração gostosa
que pode tornar minha vida saborosa e valendo a pena.
Mas como é difícil varrer esses outros sentimentos, que foram
se enraizando em mim, através do tempo, nos desencontros em nossas relações.
Foram traições, decepções, ingratidões, agressões, cobranças, impaciências,
indiferença, abandono... Penso em ti e eles estão ali, aflorados, encrustados,
me afastando...
Outras vezes tentei voltar a te amar, mas do mesmo jeito
idealizado, que você ainda não consegue ser ou retribuir. Queria-te perfeito, atendendo
às minhas expectativas (e até às tuas próprias), como amante, companheiro, como
pai/mãe, como filho, como amigo... Esse
é o amor que aprendemos, impossível, controlador, apegado às nossas crenças. Um
“amor sem limites”, sem respeito, onde as lealdades ficam confusas, as deslealdades
se justificam, os ressentimentos se eternizam, impedindo o Amor.
Mas preciso Amar em
minha vida! Entendo agora que só preciso amar diferente, aceitando a possibilidade
de cada um. Só preciso “ver” o que você pode dar/ser hoje. Vou tentar tirar os
possessivos do meu amar. Vou tentar não entender as ofensas como pessoais. Só
preciso aprender a ver suas qualidades, o lado bom de sua “boa estória”, da sua
personalidade... Todos temos! Cada um é apenas o que consegue ser a cada momento...
É muito bom poder te olhar, quem quer que seja você, varrendo
memórias tristes, preconceitos, paixões decaídas, sem possessivos, sem adjetivos...E,
ainda que por um instante, poder sentir carinho, compaixão, ternura... porque
Amar é bom demais!
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