Hoje muito
falamos em custo e benefício das coisas que adquirimos e atitudes que tomamos,
mas na verdade nossas escolhas se basearam muito mais nos benefícios pelos
quais ansiamos/fantasiamos e pouco pensamos nos custos, ou então os
minimizamos!
Somos
impulsionados pelo gosto e o gozo dos benefícios sonhados ou até já saboreados.
Somos também tentados e manipulados pela força do nosso mundo materialista, que
nos oferece, através das várias mídias, provas gostosas de um novo viver e desfrutar,
de um livre pensar e agir independente de outras considerações. É a busca de um benefício irresponsável e egoísta
onde só visamos nosso prazer imediato ou nossas fantasias a longo prazo. “Sinto
muito, mas vou atropelá-los!” Na ânsia do
benefício para aliviar nossas carências afetivas e materiais achamos válido,
por amor, por medo ou por dinheiro/poder/prazer. empreendemos a fuga, a
covardia, a traição, o abandono, a dor de nossas pessoas mais queridas Tudo vale para sermos felizes! O custo
veremos depois...
Mas o custo vem sempre atrelado ao benefício, A conta/custo
chega e é preciso que estejamos preparados para ela. O custo são as
consequências de nossos atos, que, quando envolvem outras pessoas são
impossíveis de avaliar ou prever. A dor e o prejuízo que causamos nos sacodem e
começam a amadurecer nossa consciência. Começamos a ter uma percepção maior do
entrelaçamento do Eu/Outro.
Alguns custos tentamos pagar, buscando minimizar os prejuízos,
principalmente na parte afetiva. Mas o passado não volta para consertarmos e as
dores que deixamos e fizemos voltam, muitas vezes, a nos assombrar com seus
desdobramentos.
Conforme amadurecemos, precisamos nos perdoar pelo egoísmo que
nos empolgou, transformando culpa em responsabilidade de reduzir, a cada dia,
as dores dos danos causados.
Viver bem é analisar com serenidade, compaixão e responsabilidade o custo/benefício das nossas próximas escolhas.