O Amor espera pelo tempo de cada um de nós! É preciso
esperar para que nós possamos nos encontrar e, realmente, desfrutar a gostosura do Amar....Mas, o grande
desafio a esse Amor maior, é que temos pressa! Não queremos e não sabemos
esperar! E não aceitamos nada diferente do desejado.
Amamos o Outro com a agonia de quem quer saborear o fruto sem
esperar o tempo que amadurece... Amamos com a possessividade medrosa que
aprisiona, que vigia, cuida, cobra... e,
tantas vezes, acaba se afastando do fruto ( do encontro) que não conseguiu
amadurecer!
Amamos os filhos com o deslumbramento de quem acredita que criou algo tão mimoso e querido, acreditando que poderemos moldá-los para o melhor, e nos assustando quando parecem trair nossas expectativas mais caras. Amamos os pais, os amantes, os parentes e amigos com a “certeza amorosa” de quem os vê “perfeitos”, acreditando que atenderão às nossas expetativas e nossas necessidades afetivas! E nos magoamos com a decepção deles serem ainda tão humanos E nosso amor se ressente, mingua e, às vezes, até morre!
Somos todos diferentes! Estamos em eterna transição e, a cada
momento, demonstramos defeitos e características próprias. Temos capacidades,
possibilidades, prioridades diferentes. Para
amar sem agonia, mesmo que com a dor egoísta de não ser a prioridade do Outro,
preciso lembrar-me disto a cada encontro. Amar requer aceitar o Outro,
qualquer Outro, onde ele está e como ele “é/está” e ter Paciência para esperar
seu tempo. Aliás, construir e desfrutar de auto amor requer esta mesma
aceitação e espera do nosso tempo.
Ainda amamos em curto prazo, perdidos em fantasias e desejos,
ainda amamos com o ego, um amor que é “infinito enquanto dura”! Mas o Amor
a nós mesmos e ao Outro, que nos delicia,
respeita, liberta e alegra, é o que se
eterniza num compartilhar contínuo de amorosa Aceitação e Espera!
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