Ceder por Boa Vontade, carinho, compaixão, solidariedade faz parte do amar e do amor! Mas, atenção, isso pode tornar-se uma forma exagerada de se relacionar! E tudo que é demais foge ao equilíbrio! Quando as necessidades e desejos dos Outros nos absorvem, tornam-se sempre prioritárias em nossa vida, em nossos dias, isso demonstra que perdemos a capacidade de cuidar de nós mesmos e nosso foco tornou-se apenas externo.
Vários fatores nos aprisionam nesse desequilíbrio nas
relações. Várias crenças nos levam a acreditar que para sermos bons e generosos
devemos sempre, e a qualquer preço, pensar nos outros e não em nós mesmos.
Cedemos para não sermos “egoístas”!
Acreditamos que, por amor, para sermos amados e valorizados,
devemos atender aos desejos, e até aos caprichos, dos que amamos- filhos, pais,
amantes, irmãos, amigos... não importando quanto sacrifício material, físico,
emocional, mental estejam nos custando.
Cedemos por medo! Medo de perdermos o amor, medo de sermos
rejeitados, medo de perdermos nessas disputas afetivas. Cedemos demais numa desesperada tentativa de
Controle!
Cedemos para não nos sentir culpados pelas decepções dos
outros. A culpa nos paralisa porque acreditamos que deveríamos ser perfeitos ao
atender aos outros, principalmente aos que amamos.
Cedemos por comodismo, para não ter que dar limites aos
abusos e aos abusados, adiando sempre as atitudes firmes para o respeito e o
espaço que precisamos.
Mas todo esse sacrifício, tantas vezes doloroso,
irresponsável conosco, tem um custo emocional, embora tentemos negar isto aos
outros e a nós mesmos. Esgotados, sem receber muitas vezes o reconhecimento que
gostaríamos, vamos nos tornando reféns da mágoa, do ressentimento, da raiva...
e nos afastando, nos isolando!
Cedemos tanto, sem medida. porque ainda não acreditamos numa
nova crença que nos diz- Primeiro Eu! Que comece por mim, e comigo, o
cuidado que devo à pessoa única que sou. Nascemos com esse propósito - nos
amar, cuidar, conhecer, crescer, nos transformar... Primeiro Eu não é egoísmo! Egoísmo
é querer que nos sirvam ou ceder tanto que os tornemos insensíveis e egoístas!
Na verdade,
precisamos cuidar de nós mesmos, para que, então, sadios e serenos, possamos
amar melhor os outros!
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