Como os
Mestres nos sinalizam, são esses os entraves principais à nossa libertação e
crescimento. O Orgulho, que nos mantem presos no autoengano, a Vaidade, que nos
cega e deslumbra e o Egoísmo que tudo nos justifica, porque “temos motivos e
somos especiais”. O Orgulho e a Vaidade, disfarçados ou não, andam juntos e têm
como consequência o Egoísmo (Eu mereço).
O orgulho nos faz crer que somos Mais:
inteligentes, cultos, fortes, bonitos, espertos ... Mais sensíveis à dor alheia,
mais solidários, mais verdadeiros. Nossa dor é maior, merecemos mais atenção!
Entendemos mais e melhor os problemas do Outro, da família, do país, do
mundo... Somos críticos, julgadores, e até usamos de tolerância condescendente com
os pobres de espírito! Vaidosos, usamos de ironia rascante para tornar pequenos
os argumentos e as pessoas; satirizamos opiniões, religiões, crenças,
diferenças culturais... e com nosso maior saber intelectual, frio, sem vida,
tornamo-nos, sem sentir, arrogantes e prepotentes, presunçosos...
Como acreditamos
saber Mais, acreditamos ser os merecedores do poder, das decisões e de maior valorização.
Recebemos aplausos que nos envaidecem e nos fazem acreditar ainda mais em nossa
superioridade! Temos muito medo de perder esses aplausos que, afinal, reforçam nosso
orgulho em nossa autoimagem distorcida. Temos dificuldade de aprender, porque
não ouvimos, não refletimos com isenção, porque já sabemos tudo! Temos muitas
vezes um discurso de igualdade generosa e condescendente para esconder essas
distorções do nosso ego. Justificamos
nosso egoísmo ao abusar e invadir a vida e o direito dos outros, porque “sabemos
o que é melhor para todos”! Soberbos, vaidosos e egoístas somos. na verdade,
movidos por essas características defeituosas do nosso ego.
É importante
observarmos esses aspectos do Orgulho, da Vaidade e do Egoísmo em nós mesmos e
na nossa vida de relação nos grupos que frequentamos; Família, Igrejas, Trabalho. O quanto somos orgulhosos em nossas
decisões, em nossas atitudes e escolhas?
O quanto somos levados pela vaidade? Quanto de nossos sentimentos dolorosos
existem por nos sentirmos tocados em nosso orgulho e nossa vaidade? O que nos
move quando agimos atropelando os outros em seu valor e seus direitos? Por me
sentir tão “especial”, consigo avaliar realmente as dores, os medos, as
necessidades e prioridades das pessoas?
Enquanto não
descobrirmos esses aspectos em nós mesmos (Orgulho-Vaidade-Egoísmo), estaremos
distanciados e teremos muita dificuldade de, realmente, chegarmos uns aos
Outros com Humildade, com Alegria, com
Respeito, Igualdade...
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