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domingo, 9 de janeiro de 2022

Orgulho, Vaidade, Egoísmo

 


           Como os Mestres nos sinalizam, são esses os entraves principais à nossa libertação e crescimento. O Orgulho, que nos mantem presos no autoengano, a Vaidade, que nos cega e deslumbra e o Egoísmo que tudo nos justifica, porque “temos motivos e somos especiais”. O Orgulho e a Vaidade, disfarçados ou não, andam juntos e têm como consequência o Egoísmo (Eu mereço).

             O orgulho nos faz crer que somos Mais: inteligentes, cultos, fortes, bonitos, espertos ... Mais sensíveis à dor alheia, mais solidários, mais verdadeiros. Nossa dor é maior, merecemos mais atenção! Entendemos mais e melhor os problemas do Outro, da família, do país, do mundo... Somos críticos, julgadores, e até usamos de tolerância condescendente com os pobres de espírito! Vaidosos, usamos de ironia rascante para tornar pequenos os argumentos e as pessoas; satirizamos opiniões, religiões, crenças, diferenças culturais... e com nosso maior saber intelectual, frio, sem vida, tornamo-nos, sem sentir, arrogantes e prepotentes, presunçosos...

             Como acreditamos saber Mais, acreditamos ser os merecedores do poder, das decisões e de maior valorização. Recebemos aplausos que nos envaidecem e nos fazem acreditar ainda mais em nossa superioridade! Temos muito medo de perder esses aplausos que, afinal, reforçam nosso orgulho em nossa autoimagem distorcida. Temos dificuldade de aprender, porque não ouvimos, não refletimos com isenção, porque já sabemos tudo! Temos muitas vezes um discurso de igualdade generosa e condescendente para esconder essas distorções do nosso ego.  Justificamos nosso egoísmo ao abusar e invadir a vida e o direito dos outros, porque “sabemos o que é melhor para todos”! Soberbos, vaidosos e egoístas somos. na verdade, movidos por essas características defeituosas do nosso ego.

              É importante observarmos esses aspectos do Orgulho, da Vaidade e do Egoísmo em nós mesmos e na nossa vida de relação nos grupos que frequentamos; Família, Igrejas, Trabalho.    O quanto somos orgulhosos em nossas decisões, em nossas atitudes e escolhas?  O quanto somos levados pela vaidade? Quanto de nossos sentimentos dolorosos existem por nos sentirmos tocados em nosso orgulho e nossa vaidade? O que nos move quando agimos atropelando os outros em seu valor e seus direitos? Por me sentir tão “especial”, consigo avaliar realmente as dores, os medos, as necessidades e prioridades das pessoas?

             Enquanto não descobrirmos esses aspectos em nós mesmos (Orgulho-Vaidade-Egoísmo), estaremos distanciados e teremos muita dificuldade de, realmente, chegarmos uns aos Outros com Humildade,  com Alegria, com Respeito, Igualdade...




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