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terça-feira, 9 de fevereiro de 2010

COMPAIXÃO I



A atitude e o exercício de nos dispormos a olhar o outro com abertura, com boa vontade, para entendê-lo e senti-lo, um pouco que seja, em sua humanidade, em seu momento e suas circunstâncias é que possibilita a empatia e o sentimento da compaixão. Esse exercício favorece também um processo de libertação das nossas prisões internas: necessidade de criticar, de julgar, nossa arrogância, nossas certezas. A compaixão nos leva para além da máscara do outro, da aparência dos fatos. É a nossa humanidade buscando a humanidade do outro. Essa atitude nos vai apaziguando e possibilita os Encontros intensos, verdadeiros, que dão significado e valor às nossas vidas. Somos inundados de uma doce ternura, do desejo de sermos melhores, de chegar mais...É importante entendermos que aceitar, acolher e amar o outro em sua humanidade, com sua história, sua luz e sua sombra, não significa aceitar, acolher e amar seus comportamentos, quando desorientados, agressivos ou maldosos. Comunicar com auto responsabilidade e respeito, gentil mas firmemente, nossos limites nessas situações, deixa-nos livres e preservados para nos compadecermos do Outro.
A compaixão é a chave que abre nosso coração para outras facetas do amor. Impulsionados por esse sentimento poderoso somos levados a agir expressando solidariedade, carinho, gentileza, honestidade, generosidade... A compaixão é a expressão viva, atuante, de nossa dimensão espiritual; ela é o sentimento que revela o sagrado em nós.

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