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quarta-feira, 21 de setembro de 2011

A DESCOBERTA DO VALOR


              O que, talvez, mais nos importa na vida, é a percepção de nosso valor. Afinal, nós existimos! No entanto, essa percepção está atrelada ao reconhecimento desse valor pelos outros! É isso o que perseguimos, todo o tempo, ansiosamente, às vezes com desespero: atitudes de gratidão, palavras de elogios, que confirmem nosso valor. Para receber essa validação externa, abrimos mão de quem realmente somos, do que pensamos, do que sentimos, tentando agir de forma a não decepcionar. Disfarçamo-nos com as mais atraentes máscaras, dizendo aos outros aquilo  que querem ouvir, fingindo ser quem não somos, buscando todo o tempo “mostrar serviço”... Assim, passamos a vida mendigando o reconhecimento do nosso valor numa lamúria escondida (ou não), revoltada, sofrida, falada, pensada: “Sou bom, sou capaz, faço bem, faço até melhor, merecia ser visto, ouvido, reconhecido! Mereço sua gratidão, ser valorizado.” Quem não disse, ou pelo menos pensou, em algum momento, ressentido: “O dia em que eu morrer, ou me for, é que vocês vão me dar valor!”. Muitas vezes, essa mágoa pelo não reconhecimento a contento nos leva à inveja e ao despeito pelo valor dado aos outros ou acabamos por nos acreditar menores, incompetentes, desqualificados, com a auto-imagem enfraquecida, pequena.

            Todo o tempo nos medimos pelo olhar dos outros. Isto é Foco Externo. Não nos foi ensinado a nos olharmos, nos apreciarmos, a nos valorizarmos. Mas, hoje, já adultos, é nossa responsabilidade começarmos a valorizar nossas qualidades, nossas qualificações, nossos dons únicos, nossas infinitas possibilidades; aceitar nossa história, nossos sucessos e insucessos, nossas coragens e covardias, nossa humanidade... Poder dar voz a quem somos e mesmo quando fracassarmos em projetos, podermos valorizar a honestidade e o nosso crescimento ao reconhecê-los e analisá-los.

Precisamos lembrar de manter o foco em nós mesmos, recusando comparações externas. Precisamos lembrar que somos seres únicos, centelhas únicas de uma Luz Maior, “criações únicas de um Criador tão criativo que não trabalhou com cópias”. Temos um valor intrínseco que independe de julgamentos externos. A cada um de nós cabe acreditar e caminharmos, respeitando o valor dos outros, “curtindo” sermos aplaudidos e admirados, mas sem ter necessidade dessa afirmação externa. Iremos assim desenvolvendo uma segurança tranqüila e um senso de valor e dignidade própria.

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