Muitas vezes, quando amava, acreditava que era responsável pela felicidade daqueles que amava! Acreditava ser minha obrigação cuidar e guardar a paz familiar e até de outros ambientes que freqüentava. Acreditava que sabia o que era melhor para cada um e para todos. Afinal, eu os amava! Afinal, eu sabia mais, tinha sempre razão e muito bom senso!
Nessa tentativa de controle, por amor, ficava atenta a assuntos que não eram meus, tomava a frente e queria dar soluções a problemas que não me diziam respeito, interferia em discussões que não eram minhas, invadia relações e pessoas, “com a melhor das intenções”... por amor e até por dever!
Hoje, já entendo, o que não percebia: minha prepotência, minha arrogância, em achar que sabia mais, que minhas idéias e soluções eram as melhores, que a família dependia de mim para decidir o que era adequado à paz familiar. Hoje, vejo que os tornava dependentes de mim e que eu, embora clamasse e reclamasse que tudo “acabava nas minhas costas”, precisava que precisassem de mim para me sentir importante e necessária, para que tudo fosse sempre do meu jeito! Hoje, vejo que essa dependência das minhas intervenções, embora às vezes lhes fosse cômoda, humilhava-os e favorecia que mantivessem baixa a auto imagem, a auto confiança e a auto estima. Hoje, entendo que cada um de nós tem a capacidade e o direito de ir aprendendo a resolver suas questões e relações, a seu tempo, do ser jeito.
Embora já tenha entendido, é importante o exercício de estar atenta a mim mesma, todas as vezes que desejar dar um “palpite” que não foi solicitado ou me enredar e permanecer ligada em questões dos outros, mesmo que tenha sido solicitada.
É o momento de me perguntar: Esse filme é meu?
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