O que estou abandonando, construindo ou deixando, nessa
minha Passagem? Estou conseguindo largar
cargas inúteis, pesadas, antigas? Algumas dessas cargas nem eram minhas,
realmente! Eram cargas que me tolhiam, que me direcionavam para o que eu nem
queria! Estou conseguindo abrir mão de
uma herança que me obriga a ser mera repetidora de “certezas” e escolhas
familiares ou sociais? Mas, em contrapartida, estou conseguindo garimpar essa
herança de tradições e ficar com o que elas me trouxeram de melhor em
sabedoria, aprendizados...?
Como estou
conseguindo viver e conviver com a Verdade? A verdade do que, realmente, eu quero,
do que posso, do que devo?
Tenho vivido porque estou viva e “vou levando” ou já busco,
e até vislumbro, um sentido, um significado, nessa minha Passagem?
Consigo, então, ser leal à minha “missão pessoal”, às minhas
responsabilidades primeiras comigo mesma, sem negar, no entanto, minhas outras responsabilidades
com a família e com o mundo?
Até que ponto estou
conseguindo conciliar tantos aspectos?
O que estou
construindo? O que levarei comigo dessa Passagem?
Levarei uma noção razoavelmente real de meus acertos e
erros?
Levarei a graça do auto perdão e da aceitação por mim mesma desses
erros, com a responsabilidade de fazer
cada vez melhor, porque assim é melhor!?
Seguirei daqui mais livre, ainda que com uma imensa tristeza
de não ter conseguido ser melhor, de não ter amado melhor?
O que
deixarei nessa Passagem? Como serei lembrada? Minhas atitudes, minha “marca”,
meu estilo, estarão presentes de algum modo na vida daqueles que passaram por
mim? Se forem marcantes, para o bem ou para o mal, caberá a eles tirarem algum
aprendizado de nossos encontros ou desencontros!
A gradativa
consciência de nossa impermanência, de nossa finitude Aqui, me leva a reflexões
(emotivas ou não) sobre essa nossa “breve” Passagem, uns pelos outros. Somos
seres únicos, mas com a mesma origem sagrada e por isso somos seres sociais.
Queremos ser vistos, entendidos, valorizados, amados! Vamos continuar nossa
caminhada, em outras Passagens, com outros encontros. Para isso preciso e quero
caminhar mais leve, mais livre. Não importa que bagagem eu traga, que desafios
eu ainda tenha que confrontar! Nessa Passagem está uma grande oportunidade.
E ela é a
Graça Maior que nos é concedida por um Poder Superior de Puro Amor!