A Vida é caracterizada pelo Movimento. Não só o movimentar
físico, primário, elementar, mas também o das idéias que levam às descobertas,
às mudanças de comportamento e de sentimentos. Os movimentos são úteis à Vida e
têm ordem, orientação, direção - quando
servem a um propósito, a uma destinação – a evolução. No entanto, todo excesso,
para mais ou para menos, revela desarmonias, carências, buscas desordenadas,
medos, fugas...
Estamos em
“marcha lenta” e meio adormecidos, quando nos tornamos meros repetidores do que
recebemos, do que ouvimos como verdades finais e fechadas ou quando temos
sempre a mesma leitura do nosso passado, do que vivemos... Também, quando nos
tornamos reféns de nossas idéias, de nossas rotinas, ainda que de boas rotinas,
ou quando não ousamos pensar com originalidade e ser criativos; quando nem tentamos
agir de forma diferente em nossas relações; quando não conseguimos nos
comunicar com honestidade...
Estamos,então, na verdade, prisioneiros
da preguiça e do medo, congelados mental, afetiva e fisicamente! Estamos
inibidos em nossa capacidade vital; estamos “devagar, quase parando”.
Acreditamos que somos apenas “prudentes
e conservadores”, mas não estamos fazendo, na verdade, o nosso “dever de casa”
no processo evolutivo!
De forma
contrária, muitas vezes, por “temperamento”, por fuga, para anestesia (eventual
ou por hábito adquirido), entramos num estado de grande e desordenado movimento
– num estado de pura agitação. Nossa
mente pensa demais, pensamentos saltitantes, descontínuos, dispersos,
cansativos... acarretando sentimentos e emoções confusos, nos levando,
também, a uma agitação física
contínua...E fazemos coisas, muitas coisas... Acreditamos que somos ativos,
quando, na verdade, estamos distantes de nós mesmos, hiperativos, com objetivos
dispersos e sem foco, tanto interna como externamente.
Pertencentes
que somos a um Universo que pulsa, tem movimento, sentimo-nos em desacordo e
desarmonia com o ritmo natural e sadio da vida quando nos travamos e nos inibimos
ou quando nos agitamos caoticamente. Embora tudo, e cada um de nós, tenha um
tempo, um ritmo particular no caminhar, é importante estarmos atentos aos
nossos possíveis excessos, procurando entendê-los e acertá-los. Preciso observar
minha resistência à mudança ou a
minha agitação enganadora.
- o que meu modo de
Ser e Estar pode estar escondendo ou revelando?
- Por que corro
tanto? Do que corro tanto?
- Que frutos estou
colhendo dessa contínua agitação?
- Como posso
desacelerar para, realmente, usufruir essa viajem?
- Estou manso e
cauteloso ou apenas medroso e acomodado?
- Por que resisto tanto ao novo? De que forma
ele me amedronta tanto?
- Como posso “mexer-
me” para aproveitar as oportunidades da vida?
E tantas outras
questões!... Esse é o inicio do processo do “dar-se conta”.
Todo o restante depende de Paciência, Coragem
Carinhosa, Bom Humor, Perseverança, Boa Vontade... E a certeza de que vale a
pena!!!