Existem vários aspectos de nossa vida onde, às vezes, é
gritante a necessidade de Paciência. Como exemplo, preciso de muita paciência
para lidar com os desafios de viver numa época tão “moderna e tecnológica”!
- Paciência, quando
quiser ou precisar me comunicar, para serviços ou não, com entidades com nome,
mas sem rosto, sem dono, sem responsável...
Sou instada a falar com máquinas ou pessoas quase
robotizadas que repetem continuamente o que lhes ensinaram, sem nos ouvir
jamais... - Paciência com as “redes” que caem;
com o tempo de vida que se “perde”, esperando em vão, esperando...
- Paciência com o
equívoco de se pensar que liberdade é vivermos, cada um, “conforme as minhas
conveniências”, com esperteza, sem respeito, burlando as mínimas regras
necessárias à convivência, gerando a anarquia, o caos, que, afinal, nos
aprisiona a todos!
- Paciência por só poder
ficar tão pouco com as pessoas mais queridas, por não sobrar tempo para
conversas e carinhos, por não ter como alcançá-las, alheias que estão, sempre
jogando, navegando...
- Paciência com esse
viver sempre correndo para várias atividades, sempre prisioneiros do trânsito,
da televisão, das “redes”, sempre atentos aos estranhos, a perigos de todo lado...
- Paciência (e
espanto) comigo mesma, que também optei por esse consumismo bobo, por esse
modernismo de serviços e tecnologias de última geração que “tudo fazem”, mas
nos obrigam, quando eles “não fazem”, a ficar reféns de “serviços”, que só nos
prestam desserviços, que nos ignoram, nos irritam... Paciência comigo mesma,
que, assim, optei por uma vida que se complica e que vou ajudando a manter
complicada na medida em que faço parte e participo de tudo isso... Paciência
porque optei por um estilo antinatural, que detesto, mas aceito, ao deixar-me
ficar submetida às mídias, ajudando a perpetuá-lo às novas gerações.
Não posso
modificar o mundo ou a minha época, hiper inflacionada de novidades
tecnológicas e tão desumanizada. Mas posso tentar, na medida do possível, ir-me
tornando menos participante, buscando ser mais simples e humana no meu caminhar
– com Paciência e Atitude!
Não sou vítima do meu tempo! Não
é por acaso que aqui estou. Nada é por acaso e, certamente, há um Propósito Maior
para eu estar Aqui e Agora. Qual a minha participação em tudo isso? O que posso modificar em Mim? O quanto posso
simplificar na minha vida cotidiana? O quanto não posso?