Eles chegaram, ficaram (uns mais que outros) e se foram...
Deixaram saudades, lembranças de todo tipo, deixaram
rastros, vestígios de si mesmos em minha
história...
Uns me acolheram, me cuidaram, me
deram/ensinaram o que tinham de melhor. Outros, apenas o que tinham, nem sempre
o melhor...
Uns chegaram mais tarde e me
escolheram para compartilhar suas vidas enriquecendo meu caminho com suas “boas
águas” e algumas “pedras”. Outros nem me quiseram, mas me ensinaram a cuidar
melhor de mim mesma e estar mais atenta às minhas escolhas. Com eles aprendi a
me valorizar mesmo rejeitada e a ser humilde sem me humilhar.
Uns
chegaram quando fui convocada pela Vida a cumprir meus “sagrados contratos”.
Vieram, tão amados, e nosso convívio tão querido, nossos conflitos, preencheram minha vida com
desafios, exigiram de mim o máximo, ainda que tantas vezes eu só pudesse dar
tão pouco! Mas vieram e ajudaram a “puxar” de mim todo o mel, o melhor de que
eu fosse capaz... Vieram e quando se
foram me fizeram chorar, zangar, sofrer... até finalmente aprender a “aceitar”
suas perdas. Cumpriram suas missões individuais e marcaram profundamente a
minha.
Familiares,
companheiros, amigos, colegas, professores/alunos – foram passantes- passaram
por minha vida com muito amor, com amor e até sem amor – mas foram incríveis
coadjuvantes na minha história. Hoje, quanto mais tempo vivo, quanto mais
comprido/intenso/extenso meu passado se revela, mais eu o vejo habitado pelos
que já se foram do meu convívio - pela distância física ou de dimensões. Para
sempre, hoje, agora, eles se mantêm vivos em mim e na minha história. A cada
instante nós nos “esbarramos” quando eles me são trazidos por situações, pelo
som das músicas, pelos cheiros, pelas imagens, pelos exemplos (bons ou maus) de
atitudes, pelas lembranças, enfim... tantas lembranças! São instantes
preciosos: alguns de reafirmação de aprendizado, outros de saudade/gratidão,
mas todos reafirmam e valorizam a passagem em minha vida daqueles que já se
foram...