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sábado, 11 de janeiro de 2014

RESSENTIMENTO


            É o resultado de minha escolha, ainda que inconsciente, de eternizar alguns sentimentos em mim. É quando faço questão de “re-senti-los”, ao  ficar revivendo as situações ou os meus pensamentos – o que pensei sobre as situações e as pessoas, a vida, Deus... – que criaram esses sentimentos.

            Queremos todos ser felizes, mas por que, muitas vezes, fazemos questão de só re-sentir os sentimentos negativos, aqueles que nos fazem sofrer?
Ficamos ressentidos quando remoemos frustrações, raivas, mágoas... Até culpas e vergonhas que, acreditamos, “nos foram impostas pelos outros”!

Ficamos assim reféns de um passado doloroso que nos maltrata até hoje, no presente. E aprisionados, não conseguimos re-significar os fatos e as pessoas envolvidas -  eu e os outros. Somente continuamos a nos ver como vítimas de pessoas e circunstâncias. Não conseguimos nos ver de forma diferente, de assumir nossa responsabilidade pelas nossas escolhas no passado. Ficamos impedidos de aceitar as diferenças e os diferentes. Não conseguimos ser realistas e assertivos em nossas relações atuais, porque tornamo-nos “blocos” emparedados, cegos, num mundo estreito, cheio de zonas mortas, de pessoas “mortas” ou “marcadas”... Um mundo feio, seco, amargo, que não nos nutre de alegria e felicidade.

Além de tudo isso, eu me pergunto: Por que então não escolher re-sentir os sentimentos gostosos, que nos trazem alegria? Por que não re-sentir os momentos leves de aceitação, de ternura, de carinho, de generosidade, de companheirismo...?


Preciso ser coerente! Quero estar bem e sou livre para escolher o que cultivar em mim! Preciso estar atenta aos re-sentimentos antigos, preciso re-ve-los, re-significá-los e re-viver, re-sentir, os bons momentos em minhas eventuais incursões ao passado.