Ainda somos
seres de extremos e excessos! Seres de
paixões avassaladoras e ódios teimosos......de condenações/danações eternas ou
absolvições indulgentes.....de jejuns exagerados ou ingestões descontroladas.....de
grandes misérias ou riquezas vorazes........de amores que nos escravizam ou
indiferenças desumanas; de “endeusamentos” ou desprezos......de quem “só pensa naquilo”
ou que “jamais pensa naquilo”, de quem
quer tudo saber ou de quem “nem quer saber”..........de “para sempre” ou “jamais”
! Seres que se rotulam e se entregam a qualquer dos extremos para “firmar
posição” e usufruir/viver, em excesso, aquela posição.
Parece-nos mais cômodo a
entrega/escolha, com excessos, a qualquer
lado, de qualquer questão, do que a constante apreciação dos muitos
aspectos dessas questões. Acreditamos
que é mais fácil “fechar” com “o mais” ou com “o menos” .Talvez ainda não
tenhamos exercitado um olhar mais abrangente, que pode nos levar ao equilíbrio,
à suficiência, à temperança.... ao
caminho do meio!
Ao transitar entre esses extremos e
excessos preciso de atenção, com responsabilidade, às minhas necessidades
básicas em minhas várias dimensões – físicas, afetivas, racionais,
espirituais - e atenção ao modo como
estou nutrindo-as (de mais ou de menos?) Tudo deve me chamar para mim! Em mim estão as minhas respostas!
Não posso amenizar, e tampouco acabar, com os excessos do mundo - só com os
meus!
Meus excessos, para mais ou para
menos, disfarçam, escondem ou podem
estar sinalizando e revelando, as minhas carências, minhas defesas, meus
medos.
Buscar o “caminho do meio”
pode ser mais trabalhoso na medida em que requer de nós estarmos atuantes,
atentos, observadores, flexíveis. Esse caminho é aberto a possibilidades e ajustes, por isso
mesmo constantemente enriquecido e atualizado. Buscar a temperança, respeitar a
suficiência, faz-nos sentir vivos, pulsantes, mas com equilíbrio e serenidade......