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domingo, 6 de setembro de 2015

DE QUE LADO VOCÊ ESTÁ ?!


Fazemos parte de um TODO e nele nos individualizamos, num desabrochar constante, instigados e favorecidos pelo compartilhar com outras individualidades do mesmo TODO.  Esse compartilhar e transformar contínuo é que nos possibilita estarmos voltando, e pertencendo, cada vez mais enriquecidos, a esse Todo de Origem.

            Para compartilhar ideias, sentimentos, descobertas, precisamos estar conscientes “da riqueza” de nossa humanidade, tão igual e tão diferenciada!  Precisamos estar flexíveis para acolher, respeitar, cooperar, assimilar, para aproveitar, em cada questão ou desafio, os aspectos diferentes das “mesmas verdades”.  Fazer escolhas e emitir opiniões não nos obriga a “fechar” com elas, nos proibindo quaisquer outras possibilidades.

 Quanto mais fechamos e nos repartimos, perdemos a noção maior e melhor das questões. Quanto mais “tomamos partidos”, mais nos distanciamos uns dos outros, mais nos fechamos e isolamos no mesmo grupo e mais nos empobrecemos pela impossibilidade de outras trocas.

Não importa a questão que se proponha:  no âmbito dos esportes, na política, na religião, cultura ou, principalmente, na família. Tomar partidos nos leva à disputa. Ou as disputas nos levam a tomar partidos? Não importa. Ficamos fechados, empobrecidos, magoados, zangados!  Nossa cultura racional/materialista, nosso instinto de luta, nossa afetividade possessiva, nossa lealdade ao grupo (maior que a nós mesmos e à nossa liberdade e individualidade), favorecem a nós disputarmos, radicalizarmos... E ficamos emparedados, paralisados, estagnados, inimigos e magoados com quem “escolheu o outro lado”, com quem rejeitou nossas razões, prisioneiros de uma só visão, como o “samba de uma nota só”!  

“De que lado você está?”  “Você não é mais meu amigo? Escolheu o outro?”   Ficamos infantilizados como num “Clube do Bolinha”, sem espaço para opções. Só serve quem pensa igual!  Essas perguntas, que nos amedrontam porque temos medo  de sermos excluídos como desleais, nós as ouvimos  em Família, nas Igrejas, na Política, nas questões científicas, nas ruas... em quaisquer relações humanas.

É tudo tão limitante! Tão empobrecedor! Atenção a nós mesmos quanto a termos “uma opinião formada sobre tudo”! Atenção às juras de lealdade a qualquer pessoa/lado/partido, porque “quando jurei essa “lealdade” “ eu traí a mim mesmo..”

           Somos livres! Precisamos dessa liberdade, inerente à nossa condição de centelhas divinas, para poder ver e rever, para estar escolhendo (sem discriminar), para mudar nosso olhar ou adicionar novos olhares, para uma nova escuta, para acolher (mesmo sem concordar)... Somos seres em aberto para poder nos enriquecer com as diferenças, os diferentes e os diferentes e escondidos aspectos de tudo. Só assim cumpriremos nosso destino de florescer sempre, colorindo cada vez mais o TODO ao qual pertencemos.

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