Fazemos parte de um TODO e nele nos individualizamos, num
desabrochar constante, instigados e favorecidos pelo compartilhar com outras
individualidades do mesmo TODO. Esse
compartilhar e transformar contínuo é que nos possibilita estarmos voltando, e
pertencendo, cada vez mais enriquecidos, a esse Todo de Origem.
Para compartilhar ideias,
sentimentos, descobertas, precisamos estar conscientes “da riqueza” de nossa
humanidade, tão igual e tão diferenciada!
Precisamos estar flexíveis para acolher, respeitar, cooperar, assimilar,
para aproveitar, em cada questão ou desafio, os aspectos diferentes das “mesmas
verdades”. Fazer escolhas e emitir
opiniões não nos obriga a “fechar” com elas, nos proibindo quaisquer outras possibilidades.
Quanto mais fechamos e
nos repartimos, perdemos a noção maior e melhor das questões. Quanto mais
“tomamos partidos”, mais nos distanciamos uns dos outros, mais nos fechamos e
isolamos no mesmo grupo e mais nos empobrecemos pela impossibilidade de outras
trocas.
Não importa a questão que se proponha: no âmbito dos esportes, na política, na
religião, cultura ou, principalmente, na família. Tomar partidos nos leva à
disputa. Ou as disputas nos levam a tomar partidos? Não importa. Ficamos fechados,
empobrecidos, magoados, zangados! Nossa
cultura racional/materialista, nosso instinto de luta, nossa afetividade
possessiva, nossa lealdade ao grupo (maior que a nós mesmos e à nossa liberdade
e individualidade), favorecem a nós disputarmos, radicalizarmos... E ficamos
emparedados, paralisados, estagnados, inimigos e magoados com quem “escolheu o
outro lado”, com quem rejeitou nossas razões, prisioneiros de uma só visão,
como o “samba de uma nota só”!
“De que lado você está?”
“Você não é mais meu amigo? Escolheu o outro?” Ficamos infantilizados como num “Clube do
Bolinha”, sem espaço para opções. Só serve quem pensa igual! Essas perguntas, que nos amedrontam porque
temos medo de sermos excluídos como
desleais, nós as ouvimos em Família, nas
Igrejas, na Política, nas questões científicas, nas ruas... em quaisquer
relações humanas.
É tudo tão limitante! Tão empobrecedor! Atenção a nós mesmos quanto a termos “uma opinião formada sobre
tudo”! Atenção às juras de lealdade a qualquer pessoa/lado/partido, porque “quando
jurei essa “lealdade” “ eu traí a mim mesmo..”
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