Companheiros
são caminhantes que estiveram conosco em vários momentos, com maior ou menor
intensidade, compartilhando desafios,
alegrias, tristezas... Existem tantos companheiros em nosso caminhar! Jamais estivemos sozinhos!
Existem os “bons companheiros”,
pessoas especiais que alegraram e “calçaram” nossa infância, nossa juventude,
nossa velhice... Companheiros de gostosas lembranças, cúmplices de travessuras,
companheiros de descobertas e desafios ao mundo na adolescência, companheiros
que estiveram conosco na construção de nosso mundo adulto, companheiros de
“mais idade”, que podem entender melhor o nosso assombro doloroso com as
perdas, as impotências, o declínio físico...
Existem, também, os companheiros
“difíceis”, na verdade instrumentos duros de nosso aperfeiçoamento para lidar
com diferenças, instrumentos para o aprendizado de fazer valer o respeito aos
nossos limites, para aprendermos a aceitar, mesmo sem gostar, a sermos
tolerantes... Gostaríamos de deixá-los, de fugir deles, mas são eles, na
verdade, peças importantes em toda nossa caminhada.
E existem os companheiros das “horas
mais difíceis”, das grandes perdas, das desilusões, do medo da vida... Eles funcionam
como esteios que nos escoram enquanto nos recuperamos para continuar... Eles nos acolhem, nos consolam e nos acompanham com honestidade, simplicidade...
Tivemos companheiros efêmeros,
passageiros, mas que certamente deixaram algum rastro em nossa vida.
Companheiros de ideais, de lutas, de trabalho, de fracassos na família, no
amor... Companheiros em projetos que foram mudando, conforme mudávamos nós
mesmos.
E os companheiros de
longo percurso... Companheiros que a vida nos reservou por algum sagrado
motivo! Ou companheiros que elegemos
para os grandes projetos afetivos (ou não) de nossa vida. Acredito que um Poder Superior Maior orientou
nossos caminhos a se cruzarem. Alguns passaram, outros permaneceram...
Desistimos de alguns, insistimos com outros... O passar do tempo, com tantas
diferentes circunstâncias, transformou nosso companheirismo. Ouros, nem o
tempo, nem a “morte”, conseguiram nos afastar ou fazer desistir.
Somos passantes, caminhantes em
processo, que um Poder de Amor jamais deixou sozinhos. Basta que olhemos nossa
história, que observemos nosso momento.
Companheiros estiveram sempre conosco e eles estão, também, aqui/agora!
É só os reconhecermos em cada um e desfrutarmos da melhor maneira as
possibilidades dessas companhias que a Vida nos oferece.