Dentre os
nossos infinitos medos, os que mais nos assustam são o medo do desamor e o medo
do “desvalor”. A agonia da rejeição se
alicerça nesses dois medos, na ameaça a essa
necessidade primeira que todos temos: sermos amados e sermos valorizados, aceitos, admirados.
A dor da rejeição nos atinge quando
nos sentirmos preteridos e perdedores do afeto e da admiração das pessoas que
amamos ou daquelas que têm algum tipo de importância em nossa vida. A Rejeição pode, também, nos apontar como não
merecedores de pertencer, apontar-nos como perdedores perante nossos grupos
sociais. Então, além da dor da rejeição, sentimos o peso da vergonha! A isso, soma-se uma profunda tristeza e mágoa
pela frustração de não vermos reconhecidos nosso valor, nosso empenho, nossa
importância! Rejeitados, sentimos também
muita raiva pela “ingratidão” ou pelo
abandono... E inveja, daqueles que agora são os escolhidos, os vitoriosos!
Nosso mundo interior, afetivo, torna-se muito confuso, escuro, doloroso e nossas
atitudes muitas vezes tornam-se irracionais, agressivas, vingativas...
Quanto mais “apostamos” numa
relação, quanto maiores forem a ilusão e as expectativas, maior será o impacto
ao nos sentirmos rejeitados. Dor, confusão, nossas crenças quebradas, “falta de
chão”... “Meu mundo caiu...” Ficamos em
cacos ou atirando cacos!
Nosso mundo afetivo e psicológico, quando construído em bases
fantasiosas ou quando delegamos a outros a construção dessas bases à nossa
felicidade, comporta-se como um castelo na areia. Ele não se sustenta muito
tempo ante os desafios da vida que estilhaçam nossas máscaras e nos revelam, a
todos, menos perfeitos, menos grandiosos... apenas humanos. Cai o véu e nossos
olhos choram ante o clarão do Real.
Como seres sociais que somos, a rejeição certamente irá nos
machucar, mas não deve nos derrubar. É preciso trazer ao máximo o foco de minha
atenção e meus cuidados para mim mesma, num aprendizado contínuo de auto
conhecimento, auto aceitação, auto valorização e auto estima. Ocupando-me comigo, posso ouvir críticas e
até pensar sobre elas, mas não devo me deixar impressionar pelo repúdio dos
outros e entrar num processo de auto rejeição. É preciso relativizar as
opiniões sobre a pessoa especial que sou
e a importância dos outros, quaisquer outros, em minha vida.
Que texto maravilhoso e abençoados Tude, que bom poder lê-lo, muita reflexão e passar essa mensagem adiante, para outras pessoas terem acesso!! Quão esclarecedora e acolhedora!! Bjs no coração!!
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