Em nossas
andanças pela Grande e Eterna Vida, chegamos e partimos muitas vezes, criando
aproximações e distanciamentos... Existem muitos tipos de distâncias...
Distâncias físicas, distâncias afetivas, distâncias intelectuais, distâncias
espirituais, distâncias de energia, distâncias de dimensões... Todas são muito
dolorosas porque nos fazem sentir separados de quem amamos e ainda só sabemos
amar de modo muito apegado, sob todos esses aspectos. Embora estejamos apenas
de passagem nesse mundo, ele nos parece tão material, que, talvez por isso,
queiramos tocar, falar, abraçar, beijar, segurar... aqueles que nos são mais
queridos. Queremos proximidade com quem amamos!
A distância, qualquer
distância, nos tortura sempre que nos lembramos dela a nos separar. Perguntas
sem respostas ficam rodando, em turbilhão, em nossa cabeça. Onde estão?
Como estão? O que fazem? Quais
suas novas amizades e ocupações? Estão bem, são felizes? Sentem também nossa
falta, sentem também saudade? O Amor
quer sempre saber mais!
De novo, a todo momento, remoemos essas questões: Onde está você? Como está? Como te achar? Como receber notícias? Tentamos pessoas conhecidas, internet... E quando a distância que nos separa envolve
outras dimensões? Procuramos mensageiros, comunicações mediúnicas,
transcomunicações... Oramos, buscamos em sonhos, em devaneios... Onde? Como
podemos receber notícias de quem amamos, de quem nos perdemos, seja nessa mesma
dimensão ou em qualquer outra? Onde
estão meus amores? A Vida, a “morte”, quaisquer circunstâncias, nos afastaram e
agora só resta a dor, a ânsia, para, ao menos, saber notícias...
Separados por qualquer distância, bate uma amarga tristeza
pelo que deixamos de aproveitar, não importando o tempo em que estivemos
juntos. Sempre parecerá que foi pouco!
Choramos pelos momentos perdidos com afazeres do dia a dia, com discussões,
com cobranças, com mágoas, com silêncios... Quanta vida, “quanto amor
desperdiçado!”...
Na saudade tão doída do passado e nas incertezas de um
reencontro futuro, eu me dividia entre o desejo de ficar e o medo de seguir
para o desconhecido... Eu me dividia entre a paralização na dor e a culpa do
prosseguir sem o outro...
A vida, eterna e em constante transformação, nos traz
encontros e desencontros, aproximações e distâncias. Estamos sendo levados a
aceitar as novas circunstâncias, a desapegar, a aprender um novo modo de amar,
além do tempo e do espaço. E todo aprendizado cobra seu preço em confusão e
dor. Temos agora novos questionamentos:
Estaremos, realmente, distantes ou só a crença arraigada no espaço/tempo parece
nos separar? Quando acredito e entendo que a Vida acontece Aqui/Agora para
Todos/Tudo, quando me entrego cada vez mais a esse pensamento, sinto-me mais
próxima de quem eu achava distante.
Nenhum comentário:
Postar um comentário
Se preferir, envie também e-mail para mariatude@gmail.com
Obrigada por sua participação.