Ainda somos
muito conduzidos por nossas mentes e elas costumam, muitas vezes, caminhar
soltas, sem comando, dominantes, dominando, desviadas, desvairadas...
Mentes sem comando podem nos
arrastar ao passado, aprisionando-nos em doces e alegres memórias, para logo depois
nos atirar na saudade, na dor do que já passou, daquilo que não volta mais.
Também nos fazem reviver o horror dos momentos das perdas de pessoas muito queridas, o horror de
situações limites a que fomos submetidos, nos fazem reviver a agonia lenta e
tão doída de relações fracassadas e o
confronto contínuo com nossos erros passados. Nossas mentes, quando assim
desgovernadas, nos puxam, arrastam e seguram num redemoinho de dores,
tristezas, remorsos... Reféns de um passado que não podemos refazer,
modificar... só nos resta chorar e sofrer!
Mentes desgovernadas também nos
empurram para o futuro, quase sempre um futuro sombrio, amedrontador. E passamos
a viver em uma agonia contínua sob o chicote do medo. “Viajamos” pelo terror da
violência urbana, pelo medo das doenças, das guerras, dos maus e dos loucos,
sem sentir que vamos, nós mesmos, também, enlouquecendo... E tentamos nos proteger do mal desse futuro
criado em nossas mentes condicionadas e retroalimentadas pela cultura e pela
mídia, com rezas, escapulários, medalhas, patuás... Nossas mentes soltas e
amedrontadas nos tornam sistemáticos, com “tiques e tok”, com superstições,
mandingas...
Não podemos nos entregar, aceitar,
ficar reféns de nossas mentes desgovernadas. Somos senhores de nós mesmos a
partir de um nível mental superior à nossa mente egóica condicionada. Existe em
nós um nível que observa nossa mente, reconhece seu descontrole e pode redirecioná-la. Pode
retirá-la do passado e do futuro e trazê-la para o presente, ocupá-la no Agora.
A nós cabe, pacientemente, infinitas vezes se preciso, com firmeza, trazer
nosso pensamento, teimoso e descontrolado, para o Aqui/Agora, para o que acontece
no momento! Ocupemo-nos! No Agora está o nosso poder!
Somos seres complexos, de muitas
dimensões. São nossas dimensões superiores que podem acolher, entender e
redirecionar nossos níveis físicos e mentais. E quando estiver muito difícil
retomar o controle de nossas mentes confusas, resta-nos, através da oração, uma
ligação direta com um Poder Superior de Nossa Origem, em busca dessa força interior.
Repetimo-nos nessas reflexões, porque repetimos no frenesi de nossos dias e em
nossas noites insones a agonia de nossas mentes desgovernadas.
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