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segunda-feira, 17 de abril de 2017

“ESCUTANDO” SENTIMENTOS




          Nossos sentimentos e emoções foram detonados, em passados próximos ou muito longínquos, por experiências, boas ou ruins, e principalmente pelas crenças aprendidas, formadoras dos pensamentos que a seguiram (a mente egóica). Tudo isso nos leva a reagir emocionalmente às pessoas e às circunstâncias à nossa volta. Nossa mente também pretende decidir o que podemos ou devemos sentir e o que podemos ou devemos demonstrar !!! Ficando sob esse controle do ego, acabamos muitas vezes perdendo contato nossos sentimentos, com nosso mundo interior afetivo. Mas ele está ali, poderoso, nos pressionando de forma consciente e inconsciente. No processo libertador do auto conhecimento, com a mente aberta, acabamos por entender como nos deixamos limitar e decidimos modificar nosso modo de acreditar, pensar, agir e sentir

            Tentamos agora manter a Mente Aberta e Coração Aberto, porque queremos fazer novas e melhores escolhas. Queremos deixar para trás os preconceitos aprendidos e nosso sempre presente orgulho, pleno de pretensões, prepotência, arrogância, teimosia, presunção, falta de limites, comparações e competições, numa constante necessidade de ser mais, parecer mais... Agora já sabemos que tudo isso nos amarra à luta por poder e status. Agora já sabemos que queremos Ser simples, iguais, solidários e livres! Achamos que já superamos, porque agora já sabemos... mas, entre o saber e o realmente Sentir, existe um longo caminho a ser descoberto e libertado. Aquelas características, sentimentos e emoções antigos, aprisionados pelo ego, disfarçados até de nós mesmos por nossas negações e nossas máscaras sociais, estão ali e voltam a incomodar conforme somos confrontados pelas situações novas. 

            Esse é momento para “escutar” a nós mesmos e questionar. Por que qualquer tipo de desaprovação, ainda, nos atinge tanto? Por que, ainda, nos sentimos fracassados e desvalorizados quando somos “derrotados” em qualquer tipo de comparação? Por que, ainda, ficamos invejosos e despeitados com quem “ganhou” de nós? Por que, ainda, ficamos com tanta raiva por termos falhado, por não termos sido perfeitos? Por que, ainda, tanta ansiedade em jamais falhar? Por que, ainda, nos sentimos melindrados quando não somos compreendidos, valorizados ou incensados? Por que ainda...  Esses são sinais, muitas vezes fracos, mas desconfortáveis, que nos sinalizam impasses, ainda a libertar. 

            O caminho é esse! Atenção e Escuta cuidadosa, gentil e honesta com nosso mundo interior, com nossos sentimentos. O que, ainda, me incomoda nas situações? E não importa o Outro e suas atitudes! Preciso me descobrir e cuidar é de mim! É importante reafirmar para mim que, ainda, estou a caminho. Ainda é a palavra que nos dá a promessa de continuidade no processo, sem humilhação e sustos com as dificuldades, mas com perseverança e  a alegria das descobertas de sentimentos antes tão negados e escondidos. 

            Só por hoje e a cada dia, podemos continuar a descobrir e a nos liberar do orgulho disfarçado, esse auto engano de que sou mais, mereço mais!  Podemos, assim, caminhar com mais  tranquilidade, sem a arrogância antes negada, que nos impedia de ser simples. E quando estiver muito difícil, temos um Poder Superior Amoroso a quem, com Simplicidade e Humildade, poderemos sempre recorrer. Estando fazendo a nossa parte, pedimos a esse Poder que nos ajude a remover estas nossas imperfeições ( 7º Passo) e, um dia de cada vez, certamente, seremos fortalecidos, renovados e atendidos...

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