Nossos
sentimentos e emoções foram detonados, em passados próximos ou muito
longínquos, por experiências, boas ou ruins, e principalmente pelas crenças
aprendidas, formadoras dos pensamentos que a seguiram (a mente egóica). Tudo
isso nos leva a reagir emocionalmente
às pessoas e às circunstâncias à nossa volta. Nossa mente também pretende
decidir o que podemos ou devemos sentir e o que podemos ou devemos demonstrar !!! Ficando sob esse controle do ego,
acabamos muitas vezes perdendo contato nossos sentimentos, com nosso mundo
interior afetivo. Mas ele está ali, poderoso, nos pressionando de forma consciente
e inconsciente. No processo libertador do auto conhecimento, com a mente
aberta, acabamos por entender como nos deixamos limitar e decidimos modificar
nosso modo de acreditar, pensar, agir e
sentir.
Tentamos agora manter a Mente Aberta
e Coração Aberto, porque queremos fazer novas e melhores escolhas. Queremos
deixar para trás os preconceitos aprendidos e nosso sempre presente orgulho, pleno de pretensões,
prepotência, arrogância, teimosia, presunção, falta de limites, comparações e
competições, numa constante necessidade de ser mais, parecer mais... Agora já
sabemos que tudo isso nos amarra à luta por poder e status. Agora já sabemos
que queremos Ser simples, iguais, solidários e livres! Achamos que já
superamos, porque agora já sabemos... mas, entre
o saber e o realmente Sentir, existe um longo caminho a ser descoberto e
libertado. Aquelas características, sentimentos e emoções antigos, aprisionados
pelo ego, disfarçados até de nós mesmos por nossas negações e nossas máscaras
sociais, estão ali e voltam a incomodar conforme somos confrontados pelas
situações novas.
Esse é momento para “escutar” a nós
mesmos e questionar. Por que qualquer tipo de desaprovação, ainda, nos atinge tanto? Por que, ainda, nos sentimos fracassados e
desvalorizados quando somos “derrotados” em qualquer tipo de comparação? Por que,
ainda, ficamos invejosos e
despeitados com quem “ganhou” de nós? Por que, ainda, ficamos com tanta raiva por termos falhado, por não termos
sido perfeitos? Por que, ainda,
tanta ansiedade em jamais falhar? Por que, ainda,
nos sentimos melindrados quando não somos compreendidos, valorizados ou
incensados? Por que ainda... Esses são sinais, muitas vezes fracos,
mas desconfortáveis, que nos sinalizam impasses, ainda a libertar.
O caminho é esse! Atenção e Escuta cuidadosa, gentil e
honesta com nosso mundo interior, com nossos sentimentos. O que, ainda, me incomoda nas situações? E não
importa o Outro e suas atitudes! Preciso me descobrir e cuidar é de mim! É
importante reafirmar para mim que, ainda,
estou a caminho. Ainda é a palavra
que nos dá a promessa de continuidade no processo, sem humilhação e sustos com
as dificuldades, mas com perseverança e a alegria das descobertas de sentimentos antes
tão negados e escondidos.
Só por hoje e a cada dia, podemos
continuar a descobrir e a nos liberar do orgulho disfarçado, esse auto engano
de que sou mais, mereço mais! Podemos,
assim, caminhar com mais tranquilidade,
sem a arrogância antes negada, que nos impedia de ser simples. E quando estiver
muito difícil, temos um Poder Superior Amoroso a quem, com Simplicidade e Humildade, poderemos sempre recorrer. Estando
fazendo a nossa parte, pedimos a esse Poder que nos ajude a remover estas nossas
imperfeições ( 7º Passo) e, um dia de cada vez, certamente, seremos
fortalecidos, renovados e atendidos...
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