Tudo parece tão confuso! Nessa confusão, fica maior o medo e
maior a agressividade... Quando tudo vai
mudar? Como mudar? Quem deve mudar? O
que mudar? O que fazer?!
Mudanças são eternas. Existem desde sempre em cada um de nós
e em todo o universo do qual fazemos parte. Não dá para entender e enumerar
esse sempre, esse tempo eterno. Chegamos
num mundo em mudanças, passaremos rapidamente por ele e o tempo e as mudanças
continuarão. Nossa passagem aqui é tão curta! Como querer entender e assistir
as grandes mudanças que ocorrem em
pessoas, grupos, sociedades... na humanidade? Apesar de nossa ansiedade e desejo de ver
resultados, tudo segue um tempo, um longo tempo. Tudo continua em eterna
transformação... E então, o que fazer hoje?
O que me cabe é fazer, a cada momento, a minha parte! É uma parte ínfima, tão simples, mas é o que
realmente posso, e é única e imprescindível para as grandes mudanças. Fazemos
parte de um Todo e ele se transforma a partir de cada um de nós e das
transformações que compartilhamos. Não adianta ter pressa, ansiedade pelos
resultados. 0 tempo é eterno... mas ele não corre em vão!
A mudança em mim, em meio a tantos conflitos e disputas
materiais, passa pela busca de outros valores, que não sejam só os do ego, não
só os da mente racional, condicionada e intelectualizada, não só a busca incansável
para saciar nosso materialismo e nossos instintos físicos... Esses valores se
esgotam, nos esgotam e não nos nutrem... sem pensar que logo tudo deixaremos em
nossa contínua peregrinação pela Vida. Nossa mudança começa justamente por um anseio diferenciado e por incorporar outros valores, que possam
alimentar níveis mais altos de nós mesmos – nossa dimensão espiritual - honestidade,
compaixão, justiça, alegria, beleza, solidariedade, generosidade...
Só a vivência em mim, e em cada um de nós, desses valores,
poderá legar àqueles que amamos e àqueles todos que compartilham conosco essa
“viagem”, próximos ou desconhecidos, distantes, um mundo cada vez melhor, mais
amoroso. Essas tentativas de mudança individual, ainda que frágeis e
trôpegas, mesmo ironizadas, desdenhadas, rebarbadas, tornam-se marcantes
e permanecem como sementes... A princípio parecem perdidas, ainda escondidas,
mas que, em algum momento cairão em “terras” mais receptivas, fertilizadas
pelas dores do modelo antigo.
Somos frutos da Árvore da Vida, depositários de suas sementes
sagradas. Ao cuidarmos de nós mesmos, nos transformamos em semeadores... É
assim que as mudanças vão moldando-se e transformando sociedades e a própria
humanidade... Humildemente, deixemos a pretensão imatura de querer apressar o
tempo dos Homens, de querer consertar o Mundo ou vê-lo consertado em nosso curto
período de passagem por aqui.
O que fazer? Fazer a minha
parte, o que posso, Agora e a cada momento!
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