Será que
fazemos parte deste “ministério” ou, pelo menos, já ocupamos algumas de suas
pastas, ainda que interinamente? É um “ministério”
para o qual nós mesmos nos nomeamos, porque acreditamos sermos possuidores dos atributos
necessários à “condução” das pessoas! Afinal, “mercê de Deus”, tinha a ideia
enraizada que - “eu sei mais, sou mais
forte, tenho mais carisma, mais virtudes, amo mais, tenho as melhores intenções”...
Sou perfeito para tomar o lugar de Deus, ajudando-O a organizar o mundo, a
fazê-lo melhor e mais justo, a cuidar de minha família...
Como “ministro” de Deus, sinto-me generoso e
qualificado para defender os mais “fracos”, para orientar e dirigir aqueles que
amo, para julgar e promover a justiça. Com o tempo, muitas vezes sinto isto
como uma “missão divina”! Não me calo frente às divergências, porque acredito
em minha missão de julgar, alertar, defender, salvar, convencer... Não quero,
verdadeiramente, ouvir (nem preciso). Gosto de aparecer e me sentir assim: um
paladino do bem e da justiça.
Descobri que, quando detecto em mim
essas atitudes, internas ou externas, eu preciso ficar atenta ao meu orgulho e
minha vaidade. Quanto de pretensão, presunção, perfeccionismo.. .carrego
comigo? Quanto de prejulgamentos e preconceitos crio à minha volta? Preciso flexibilizar minha onipotência, minha
escuta e meu olhar. Preciso de humildade para entender e reconhecer partes das
razões dos outros e deixar meu posto de super/herói/heroína, salvadora da
pátria e da minha família, para permitir que os mais “fracos” possam começar a crescer,
a se posicionar, a fazer suas próprias escolhas e a assumirem suas
consequências.
Preciso me enxergar, abrir mão da prepotência desse lugar de
poder exterior e usar meu poder sagrado, interior, para ser uma pessoa mais
amorosa, mais simples, mais igual... Somos todos Centelhas Divinas desse Poder
Maior de Pura Sabedoria e Amor. Temos todos
o mesmo potencial sagrado. Esse Poder Superior não precisa de “ministros”. Ele
nos cuida e espera o tempo de cada um.
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