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segunda-feira, 20 de novembro de 2017

O “MINISTÉRIO” DE DEUS




           Será que fazemos parte deste “ministério” ou, pelo menos, já ocupamos algumas de suas pastas, ainda que interinamente?  É um “ministério” para o qual nós mesmos nos nomeamos, porque acreditamos sermos possuidores dos atributos necessários à “condução” das pessoas! Afinal, “mercê de Deus”, tinha a ideia enraizada que -  “eu sei mais, sou mais forte, tenho mais carisma, mais virtudes, amo mais, tenho as melhores intenções”... Sou perfeito para tomar o lugar de Deus, ajudando-O a organizar o mundo, a fazê-lo melhor e mais justo, a cuidar de minha família...

          Como “ministro” de Deus, sinto-me generoso e qualificado para defender os mais “fracos”, para orientar e dirigir aqueles que amo, para julgar e promover a justiça. Com o tempo, muitas vezes sinto isto como uma “missão divina”! Não me calo frente às divergências, porque acredito em minha missão de julgar, alertar, defender, salvar, convencer... Não quero, verdadeiramente, ouvir (nem preciso). Gosto de aparecer e me sentir assim: um paladino do bem e da justiça.

            Descobri que, quando detecto em mim essas atitudes, internas ou externas, eu preciso ficar atenta ao meu orgulho e minha vaidade. Quanto de pretensão, presunção, perfeccionismo.. .carrego comigo? Quanto de prejulgamentos e preconceitos crio à minha volta?  Preciso flexibilizar minha onipotência, minha escuta e meu olhar. Preciso de humildade para entender e reconhecer partes das razões dos outros e deixar meu posto de super/herói/heroína, salvadora da pátria e da minha família, para permitir que os mais “fracos” possam começar a crescer, a se posicionar, a fazer suas próprias escolhas e a assumirem suas consequências.  

Preciso me enxergar, abrir mão da prepotência desse lugar de poder exterior e usar meu poder sagrado, interior, para ser uma pessoa mais amorosa, mais simples, mais igual... Somos todos Centelhas Divinas desse Poder Maior de Pura Sabedoria e Amor. Temos todos o mesmo potencial sagrado. Esse Poder Superior não precisa de “ministros”. Ele nos cuida e espera o tempo de cada um. 

 

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