Que medo é esse que nos mantem fechados em nossas crenças e
verdades aprendidas ? Que medo é esse que só nos permite ver pessoas e
situações através do “buraco de fechadura” de um quarto fechado
onde nos mantemos guardados, defensivos, trancados? Que medo é esse de sermos desleais às crenças
ensinadas?
Que orgulho e vaidade são essas que nos fazem desdenhar os outros, que nos proíbem examinar outras
ideias, outras possibilidades diferentes daquelas que eu acredito e defendo?
Que orgulho é esse que me repete todo tempo:
Eu sei mais! Meu problema é maior e diferente! Eu penso e analiso
melhor! Minhas “verdades” são as verdadeiras, e só elas!
Que prisão é essa a qual me imponho, que me impossibilita de
ver, de apreciar, de aprender, de apreender todo um mundo novo de
possibilidades? Prisão de onde grito: Eu já sei isso tudo! Eu sei melhor!
Como ver, como escolher, um novo caminho, como crescer, como
experimentar o sabor de algo novo ... se não sei, ou não quero, vivenciar a dúvida,
a incerteza, a ousadia de novas escolhas?
Quando nosso ego soberbo, vaidoso e sempre medroso de ser vencido
ou sacudido pelas novas possibilidades, tem total controle sobre nós, ficamos
congelados, emparedados, aprisionados no “nosso lado”, em nosso mundinho
aprendido, protegido e fechado, ainda que seja em meio à dor e à falta de
perspectivas. Não temos saída, não vemos
nem ouvimos o diferente, só os caminhos conhecidos e defendidos. Estamos com a
Mente Fechada e esse campo mental e emocional tão poderoso, quando nos governa,
nos mantem num mundo em preto e branco, sem matizes, seco e estéril.
Só o impacto de uma Dor recorrente e insistente poderá
rachar e entreabrir as muralhas dessa
mente concretada que nos aprisiona. Dor
que acaba por ir superando nossos medos, dor que abala nosso orgulho e vaidade,
dor que transforma nossa humilhação egoica em humildade e simplicidade, para
poder aprender e ir “além dos muros”.
Cada vez mais com a Mente Aberta, poderemos ir
nos libertando, abrindo a “guarda” defensiva e aguerrida do ego soberbo, tolo e
medroso, colorindo nosso mundo de possibilidades novas, adquirindo a “coragem
para escolher e mudar” a cada situação, a cada dia. E, nesse despertar, vamos ousando também
estar com o nosso “Coração Aberto” para
a Vida.
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