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sexta-feira, 14 de setembro de 2018

MENTE ABERTA



        Que medo é esse que nos mantem fechados em nossas crenças e verdades aprendidas ? Que medo é esse que só nos permite ver pessoas e situações  através  do “buraco de fechadura” de um quarto fechado onde nos mantemos guardados, defensivos, trancados?  Que medo é esse de sermos desleais às crenças ensinadas?
        Que orgulho e vaidade são essas que nos fazem desdenhar  os outros, que nos proíbem examinar outras ideias, outras possibilidades diferentes daquelas que eu acredito e defendo? Que orgulho é esse que me repete todo tempo:  Eu sei mais! Meu problema é maior e diferente! Eu penso e analiso melhor! Minhas “verdades” são as verdadeiras, e só elas!
        Que prisão é essa a qual me imponho, que me impossibilita de ver, de apreciar, de aprender, de apreender todo um mundo novo de possibilidades? Prisão de onde grito: Eu já sei isso tudo! Eu sei melhor!
        Como ver, como escolher, um novo caminho, como crescer, como experimentar o sabor de algo novo ... se não sei, ou não quero, vivenciar a dúvida, a incerteza, a ousadia de novas escolhas?
        Quando nosso ego soberbo, vaidoso e sempre medroso de ser vencido ou sacudido pelas novas possibilidades, tem total controle sobre nós, ficamos congelados, emparedados, aprisionados no “nosso lado”, em nosso mundinho aprendido, protegido e fechado, ainda que seja em meio à dor e à falta de perspectivas.  Não temos saída, não vemos nem ouvimos o diferente, só os caminhos conhecidos e defendidos. Estamos com a Mente Fechada e esse campo mental e emocional tão poderoso, quando nos governa, nos mantem num mundo em preto e branco, sem matizes, seco e estéril.
         Só o impacto de uma Dor recorrente e insistente poderá rachar  e entreabrir as muralhas dessa mente concretada que nos aprisiona.  Dor que acaba por ir superando nossos medos, dor que abala nosso orgulho e vaidade, dor que transforma nossa humilhação egoica em humildade e simplicidade, para poder aprender e ir “além dos muros”.
         Cada vez mais com a Mente Aberta, poderemos ir nos libertando, abrindo a “guarda” defensiva e aguerrida do ego soberbo, tolo e medroso, colorindo nosso mundo de possibilidades novas, adquirindo a “coragem para escolher e mudar” a cada situação, a cada dia.  E, nesse despertar, vamos ousando também estar com o  nosso “Coração Aberto” para a Vida.

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