É tudo tão passageiro, tão transitório... E é tão difícil
nós encararmos essa transitoriedade do nosso mundo, das nossas relações, das
pessoas que amamos e até de nós mesmos!
“Um dia a gente chega
e no outro, vai embora...” Numa
visão simplista, focada, imediatista, materialista, tudo parece tão sem
sentido, tão absurdo, até maldoso! Mas certamente
não viemos apenas para desfrutar os “sabores”, os amores, lutar pelos ganhos
desse mundo e depois tudo abandonar!
Alargando nossa visão, abraçamos uma realidade maior, mais
complexa, multidimensional, onde nos sentimos fazendo parte de um Plano Maior e
começamos a entrever um propósito para nossa passagem por aqui. Somos seres
inteiros e eternos aprendizes, em muitas etapas. Em meio ao desfrute dos sabores da vida, ou
com total carência deles, somos constantemente desafiados com novas situações,
ganhos prazerosos, perdas dolorosas, novas relações... E então, rindo e
chorando, querendo ou não, vamos aprendendo e nos transformando.
Num determinado momento, um Relógio Maior nos chama e somos
convocados a ir embora... Uma Sabedoria Maior decide que esta etapa está finda.
Impotentes, vemos acabar esse nosso
tempo ou o tempo daqueles que amamos. Já sabíamos que seria assim, só não
sabíamos o tempo de cada um, talvez para que pudéssemos usufruir melhor esta
experiência, sem ficarmos em agonia, presos ao medo do fim! Já sabíamos, mas
temos uma imensa dificuldade para aceitar o fim desse nosso Encontro, o fim
dessa experiência sagrada.
Nada,
na verdade, pode suprimir, a princípio, a insegurança confusa dessa nossa
passagem, de nosso mundo conhecido para uma nova etapa, ainda desconhecida.
Nada, a princípio, pode diminuir a dor e nos consolar a saudade do que deixamos
ou dos que nos deixaram... Só o tempo e a certeza de que tudo obedece a um bom
propósito de uma Sabedoria Maior, que
está na direção de cada um de nós, garantindo novas etapas, chegadas e
partidas, pode amenizar a dor e a confusão dessas separações. Só a confiança no Amor e na Sabedoria desse Poder
Maior pode nos levar a superar o medo do desconhecido e nos faz prosseguir,
caminhando, abertos a novos chamados, para novas experiências, novos encontros
e reencontros .
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