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domingo, 31 de março de 2019

OS CAMINHOS DE DEUS



          Um Poder Superior de Amor e Sabedoria criou a Vida e impregnou tudo com Sua Luz. Seres inanimados e animados estão convidados a uma eterna evolução. – pedras, plantas, animais, o Homem! Nada detém a marcha desse processo, onde tudo se transforma e aperfeiçoa. Em tudo e em todos, a Centelha de Deus se faz viva. Os animais foram animados pelo instinto, que os empurra para a perpetuação da Vida e, mais tarde, já racionais, fomos  orientados pela Intuição de nossa Origem e de nossa Destinação.
          Em nós, os Homens, o processo nos faz conscientes para fazermos as escolhas do caminho para nosso Destino. Nessa caminhada acumulamos também em nosso Inconsciente resíduos de Bem e do Mal que vivenciamos e tudo isso nos pressionará pelo caminho.
           Na teia intrincada de tantas possibilidades na vida, percorremos avenidas bonitas e iluminadas, veredas mais escuras, atalhos traiçoeiros, florestas fechadas, planícies suaves, precipícios... Na verdade, todos servem à finalidade de nos cinzelar pela experiência, pela dor e nos transformar. E essas transformações já serão base para novas e melhores escolhas. Assim evoluímos.
           Muitas vezes somos levados, ou as pessoas que amamos, para caminhos que parecem sem volta, sem possibilidades de recuperação de seu oriente, de sua Luz tão negada...  Ou nos vemos presos à nossa revelia, sem escolha, a situações de perdas e dores que parecem injustas ou não ter fim... Mas tudo faz parte das teias que nos levam por transformações, cada vez mais para perto de nossa Destinação.
            Diz o dito ´popular que “todos os caminhos levam a Roma” e hoje entendemos que todos os caminhos nos levam para Deus. Cada um no seu tempo, do seu jeito: com teimosia, orgulho, crueldade, egoísmo... que tanto nos atrasam ou recuperando a alegria do bom caminho pela humildade, generosidade, compaixão, aceitação... Depende de cada um de nós o tempo dessa viagem.  E não podemos escolher o caminho dos outros porque cada um terá um aprendizado personalizado em cada caminho. Podemos, sim, tentar ser bons companheiros na caminhada.
            Estamos todos a caminho. Nascemos da mesma Luz e ela, brilhando em nós, nos intui para onde iremos. Nem adianta teimar. É só ter Paciência e Aceitação.  SOLTE-SE E ENTREGUE-SE A DEUS !

sábado, 23 de março de 2019

QUEM CALA, CONSENTE !



         A sabedoria popular nos alerta de forma simples, através de seus “ditados”, para essa verdade em nossas relações -  desde as mais próximas(familiares) até às mais distantes ( quaisquer pessoas e até nações!). QUEM CALA, CONSENTE!
         De alguma forma, todo o tempo, nós sinalizamos uns aos outros até onde eles podem avançar em sua relação conosco, até onde nós nos calamos e consentimos aproximações demasiadas ou abusos. Não posso modificar o Outro, fazê-lo ser respeitoso na relação, por isso, cabe a mim refletir: Por que me calo quando algo me desagrada, por que não expresso minha posição,...
         Quando me calo é porque acredito que sou pacífico e que emitir opiniões e vontades poderia levar a brigas? Afinal, sou pacífico ou passivo e permissivo?
         Quando me calo é porque tenho medo de desagradar àqueles que amo, perder seu amor, ser rejeitado? Quero ser legal para todos, tenho medo de ser “do contra” e antipatizado? Fico calado, “sem graça”, mesmo quando sei que estou sendo manipulado e controlado pelo “favor e gentileza” do Outro?
         Quando me calo, sem concordar, entendo que não estou sendo leal e verdadeiro na relação? Entendo que esse silêncio a que me forço, nos afasta numa falsa paz, cheia de não ditos, de raiva, de mágoa...
        Quando não coloco minha opinião, entendo que estou sendo profundamente desrespeitoso e desleal a mim? Que para evitar outros atritos estou  criando um constante atrito comigo?
Quem cala está enviando a mensagem de que consente no avanço do outro. Mesmo com “cara feia”, fazendo um “clima” ou dando silenciosos trocos, estou dizendo que “pode avançar”, pode continuar... Calar é não dar voz a nós mesmos. E já se disse: “você ensina aos outros como podem tratá-lo.”
        Quando me coloco, não preciso gritar, brigar, discutir, tentar convencer... Posso até não ser entendido, acatado, mas, ainda assim, deixo registrada a minha voz, o meu entender, o meu desejo...  Isso é ser assertivo, honesto comigo mesmo, trazendo Verdade às minhas relações.

sábado, 16 de março de 2019

QUANDO UM CASAMENTO ACABA




       Quando um casal acaba por desistir do casamento, isso marca o fim de um longo e doloroso processo, que se iniciou num sonho de amor e acabou numa triste realidade de desamor. Tudo começou com fantasias e expectativas douradas, inconscientes e irreais. Não paramos para pensar, e muito menos dizer, o que buscávamos um no Outro. E de como era sua história e sua lealdade à sua origem, às suas crenças familiares. Não queríamos saber de nada, só interessava a paixão que nos empolgava ou a novidade que representávamos um para o outro.

         Mas o tempo, senhor das verdades e da realidade, foi nos revelando realmente um ao outro. Poderíamos aproveitar, aceitar e aprender, mas apenas nos revoltamos e magoamos com as transformações do sonho em realidade. E usamos a natural intimidade que advém de uma vida em comum como arma para jogos de poder e posse na relação. Estávamos zangados, culpávamos, cobrávamos, queixávamos, nos comparávamos... Quem era o pior? Quem mudou mais?...  Carinhos e palavras de amor foram acabando...   A atenção, a boa vontade, a gentileza,  ficaram guardadas para os de fora, era só para “uso externo”. Já não havia confiança: manipulávamos, nos defendíamos, escondíamos nossos verdadeiros sentimentos para parecermos fortes e depois nos ressentíamos por não sermos entendidos em nossas carências! Sobravam gritos e ironias rascantes ou um silêncio teimoso de amuos e acusações mudas...  

        Alguns acontecimentos nos distraíram durante esse processo, retardando-o um pouco: a chegada dos filhos, a construção do ninho, ganhos materiais que propiciaram viagens, compras, festas...  Mas quando vêm as perdas materiais, diminuem as  distrações... Os filhos trazem alegrias mas fazem aparecer, também, confrontos pelas diferenças familiares quanto ao cuidado e educação. Sua chegada obrigou a novas organizações, novas prioridades...   Quando os eles crescem, aumentam os desafios e as diferenças de opinião. E quando eles se vão, sobram silêncio e solidão...

         Durante todo esse processo de alegrias e dores, muitas vezes não percebemos o quanto fomos nos afastando. Ainda estávamos chorando sonhos traídos, acreditando em recomeços nas mesmas bases irreais, buscando saídas... até que, finalmente, acordamos para o fato de que aquele casamento sonhado – acabou.

          É uma pena que para muitos, acabou o sonho, mas continuam as brigas, as mágoas, as cobranças, as disputas... E que os filhos de um amor tão intenso sejam continuamente assediados pelos ódios e ressentimentos dos pais.             O fim de um sonho é sempre muito doído, mas não invalida o que tivemos em nossa vida de gostosura e beleza. Não podemos ficar somente com o prejuízo, Com o tempo, se deixarmos as feridas cicatrizarem, poderemos guardar com carinho lembranças doces e o aprendizado com a experiência, nos preparando melhor para nos relacionarmos, em quaisquer relações, olhando a nós mesmos e aos outros com menos fantasia e mais realidade.