A sabedoria popular nos alerta de forma simples, através de
seus “ditados”, para essa verdade em nossas relações - desde as mais próximas(familiares) até às mais
distantes ( quaisquer pessoas e até nações!). QUEM CALA, CONSENTE!
De alguma forma, todo o tempo, nós sinalizamos uns aos
outros até onde eles podem avançar em sua relação conosco, até onde nós nos
calamos e consentimos aproximações demasiadas ou abusos. Não posso modificar o
Outro, fazê-lo ser respeitoso na relação, por isso, cabe a mim refletir: Por
que me calo quando algo me desagrada, por que não expresso minha posição,...
Quando me calo é porque acredito que sou pacífico e que
emitir opiniões e vontades poderia levar a brigas? Afinal, sou pacífico ou
passivo e permissivo?
Quando me calo é porque tenho medo de desagradar àqueles que
amo, perder seu amor, ser rejeitado? Quero ser legal para todos, tenho medo de
ser “do contra” e antipatizado? Fico calado, “sem graça”, mesmo quando sei que
estou sendo manipulado e controlado pelo “favor e gentileza” do Outro?
Quando me calo, sem concordar, entendo que não estou sendo
leal e verdadeiro na relação? Entendo que esse silêncio a que me forço, nos
afasta numa falsa paz, cheia de não ditos, de raiva, de mágoa...
Quando não coloco minha opinião, entendo que estou sendo
profundamente desrespeitoso e desleal a mim? Que para evitar outros atritos
estou criando um constante atrito
comigo?
Quem cala está enviando a mensagem de que consente no avanço
do outro. Mesmo com “cara feia”, fazendo um “clima” ou dando silenciosos
trocos, estou dizendo que “pode avançar”, pode continuar... Calar é não dar voz
a nós mesmos. E já se disse: “você ensina aos outros como podem tratá-lo.”
Quando me coloco, não preciso gritar, brigar,
discutir, tentar convencer... Posso até não ser entendido, acatado, mas, ainda
assim, deixo registrada a minha voz, o meu entender, o meu desejo... Isso é ser assertivo, honesto comigo mesmo,
trazendo Verdade às minhas relações.
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