Poucos sentimentos podem nos atingir com tanta força quanto
o confronto com nossa Impotência... Somos impotentes ante fatos irreversíveis
em nossa vida; somos impotentes para modificar os outros, mesmo os mais amados,
somos impotentes para fazê-los nos amar!
Somos impotentes ante o correr do tempo, que nos enfraquece e envelhece, que
vai esmaecendo nossas lembranças de um passado cada vez mais querido e distante,
impotentes ante desejos e sonhos impossíveis, impotentes...
Nesses momentos de
tomada de consciência de nossa impotência, ficamos aturdidos, assustados,
machucados, amedrontados... e com muita raiva. Experimentamos a frustração, a
decepção, a desilusão, a “injustiça” das pessoas e da vida... Acreditávamos que
poderíamos tudo, acreditávamos que tínhamos o direito e o dever de resistir, de
termos total competência para com os desafios da vida. Mas fomos defrontados
com momentos de total impotência! Nossas crenças idealizadas, nossa vaidade,
nosso orgulho e prepotência, nossa pretensão e presunção, nossa tola
arrogância... tudo foi caindo ante uma realidade simples e tantas vezes muito
dura.
Brigamos, zangamos, esperneamos, choramos... Mas a realidade vai nos sacudindo e, aos
poucos, faz cair “as penas do pavão”...
Primeiro nos sentimos incompetentes, fracos, conformados e
inconformados, humilhados... Mas, aos
poucos, um sentimento novo vai surgindo, com a Aceitação do que somos e do
que podemos a cada momento de nossas vidas. deixando de lado o delírio
irreal do que queríamos ser e poder ou a fantasia de que a vida e os outros
deveriam se ajustar às nossa crenças e desejos.
O entendimento de todo esse processo em mim, com
honestidade, ainda que com culpas e desculpas, lutas e cobranças, é o início do fim da agonia de lutar contra o
Irreal. A descoberta e aceitação do meu tamanho real, só por hoje, vai me
levando à Humildade, à entrega a um Poder Maior de Sabedoria e Amor. Então, tudo para mim fica mais Simples,
porque essa Humildade me tira da contínua luta e me traz Serenidade.
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