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terça-feira, 29 de dezembro de 2020

AINDA A OMISSÃO

 


          É a covardia nossa de cada dia! Ela é mantida pelo nosso egoísmo e pelo Medo! Omissão é a fuga da responsabilidade, da Ação, da Verdade. Gostamos de colori-la e fantasiá-la de valores, que ela na verdade ela não tem. Temos muita vergonha quando nos omitimos da Verdade, da Ação Solidária e nos escondemos em desculpas e explicações a nós mesmos a ao mundo, tentando “comprar” nossa Consciência Maior...

        Nos omitimos quando “olhamos para o outro lado” e nada vemos, por Medo, para não nos arriscar, para não nos envolver, para não nos incomodar, para nos acomodarmos, para nos resguardarmos, e às nossas amizades, protegendo nossas vantagens e aparências para o Mundo

        Nos omitimos quando calamos a Verdade, acreditando que não estamos mentindo, mas tornamo-nos cúmplices das mentiras, nossas e dos outros, acreditando que tudo é melhor do que enfrentar as consequências dos erros... numa tentativa patética de tentar ter controle sobre tudo e todos!

        Nos omitimos quando não nos sensibilizamos com a agonia os outros, e não nos tornamos disponíveis para ouvi-los e acolhê-los, sem invadir seus espaços, apenas estando ali para servir...

        Nos omitimos quando nada fazemos, ou dizemos, com o discurso de que os problemas alheios são de responsabilidade dos outros (família, governos, destino de cada um...)

        Nos omitimos de tantas maneiras! Perceber nossas próprias omissões é um processo interior e contínuo. É um descobrir-se, acreditar-se e encorajar-se!

       Não posso mudar as pessoas e os sistemas. Mas posso, e devo a mim mesma, aprender a dar voz à minha Verdade, aos meus Valores e perdoar-me pelas vezes em que, por medo e egoísmo, fui (ou for) covarde e omissa.  Na omissão nos escondemos, mas só a Verdade nos Libertará e nos trará respeito por nós mesmos. 

 

 

quarta-feira, 23 de dezembro de 2020

HERANÇAS PERVERSAS

 


           Heranças são transmissões que se fazem de gerações a gerações. Podem ser genéticas, materiais, culturais, familiares...  Heranças que envolvam certezas, estilos, crenças, valores humanos... podem marcar, resguardar, aprisionar ou libertar as gerações. Podem ser muito boas e enriquecedoras ou perversas, que constroem de forma distorcida as novas gerações.

            Estas são as heranças de ódio, heranças malditas! Elas nos prendem a antipatias, desprezos, raivas e até a ódios antigos, familiares, quando nem sabemos ao certo a razão e o começo, sem sabermos realmente o porquê ou por quem. Elas acorrentam as gerações que estão chegando às visões e ódios religiosos, ideológicos, raciais, dos mais antigos, do passado.   São heranças perversas quando nos prendem a papéis familiares ou culturais marcados por outras épocas, papéis fechados, autoritários, onde uns submetem e outros são submetidos.

            Também são Heranças perversas aquelas que nos são impostas pelas mídias poderosas, que destroem tradições e fingem, em nome do “modernismo”, nos liberar dos padrões antigos para nos sujeitar às suas novas distorções familiares e sociais, sem o mínimo cuidado e tempo para que a Família e a Sociedade possam assimilar o novo e poder fazer livremente suas escolhas.

             Heranças perversas são aquelas que perpetuam o mal e o ódio, o deboche, incentivam a separação e a indiferença entre as pessoas, as raças, as religiões, as culturas. Elas não respeitam outras formas de vida, não respeitam os diferentes, os mais fracos...Elas usam seus conceitos distorcidos de força, soberba e competição para criar nas novas gerações os pré/conceitos, que tanto nos separam e nos empobrecem...

            Fica uma reflexão:   Que herança estamos deixando para as outras gerações, dentro das nossas famílias? Estamos alimentando-as com ódio ou com situações de perdão, de tolerância e momentos de carinho, alegria, conforto, valorização, que se transformam em  lembranças marcantes,  marcadas pelos  valores de aceitação, respeito, gentileza, igualdade, generosidade, liberdade...?

 

 

 

terça-feira, 15 de dezembro de 2020

MATERIALIDADE QUE NOS CONSOME


         É a característica do mundo que criamos e em que vivemos., onde só é importante o que vemos e tocamos, só é importante o que se traduz em bens materiais ou o que nos leva a eles.

         Mesmo nossa dimensão física, material, perdeu sua Simplicidade humana e está submetida aos interesses e disputas materiais dos modismos, das mídias, dos produtos (todos), das novidades científicas, eletrônicas... Só importa, ou é recomendado, é o que dá mais lucro na cadeia de produtos, ou o que nos faz Parecer melhor..,

         Passamos a não acreditar nas pessoas, nos profissionais, quaisquer deles, nos religiosos, nos governos, nos atletas... porque sabemos que estão ligados a seus próprios interesses. É o mundo do Ego, do egoísmo, da disputa contínua, onde tudo é justificado pela necessidade de possuirmos mais ou de resguardarmos nossos bens que, por ironia, afinal, são só provisórios! Não conseguimos mais acreditar, não confiamos!

         E nos lamentamos: “Mundo cão, injusto, de abusos e abusadores, de sistemas livres ou ditatoriais, que de qualquer modo escravizam, sempre visando o poder material. Mundo desumano, sem valores éticos, sem afetividade, sem verdade e sem amor!”   

         Estamos nos sentindo sufocados porque somos seres espirituais! Estamos só de passagem por esse mundo material, e precisamos, sim, de nutrição afetiva e espiritual! Não adianta reclamar, filosofar, acusar e criticar. Preciso trazer Simplicidade para minha vida, aqui, física, abandonando ao máximo os excessos materiais oferecidos e cobrados pelas mídias à minha vaidade, ao meu orgulho, à minha eterna “fome”, que nada sacia!

        Não posso modificar esse mundo equivocado e adoecido. Só posso modificar meu olhar e minhas atitudes. Posso, sim, trazer Verdade e Justiça à minha vida, buscando ser honesto comigo e com os outros, tentando ser firme em minhas colocações, sem abuso, sem me deixar abusar.

        Nesse deserto árido, nesta selva escura e agressiva, em que hoje buscamos sobreviver, quero valorizar a gentileza, a generosidade, o respeito ... Só esses valores espirituais poderão me nutrir na difícil travessia em busca da Felicidade.