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terça-feira, 10 de agosto de 2021

CARINHO

 


        O carinho é a água que segue regando o Amor. Sem carinho continuamos a amar, mas o amor vai se ressecando e ressentindo, perdendo o viço e a alegria.

         É tão fácil fazer carinho com as crianças! Sua fragilidade, dependência, inocência... nos desarmam e atraem. Gostamos de beijá-las, tocá-las, abraçá-las, cuidar delas, dizer-lhes palavras doces, bobas, de puro amor. Receber o carinho delas é um deleite, uma gostosura.   Mas as crianças crescem, nós crescemos, e perdemos o esse jeito inocente e gostoso de amar, de dar e de receber carinho. Nosso modo de amar foi sendo contaminado pelas disputas, manipulações, seduções, paixões, desilusões, desconfianças...

Já adultos, entre adultos, as nossas relações mais próximas com filhos adultos, com pais, com companheiros, com amigos... foram perdendo a espontaneidade terna e alegre do carinho. Aprendemos a nos defender no Amor e já não o aguamos tanto de carinho. Amamos, mas o carinho ficou cada vez mais poupado, não fazemos nem recebemos o carinho que precisamos. Nesse mundo adulto e seco o carinho vai ficando sem espaço, tornando-se tolo, sem jeito de se mostrar para nutrir a relação e nosso coração.

 Não se vive realmente, docemente, sem nos sentirmos aquecidos pelo carinho. Buscamos essa nutrição com crianças, animais e até com plantinhas. Precisamos tocar e acariciar quem amamos, repetindo bobagens de amor; precisamos olhar amorosamente quem amamos, sorrir e falar docemente de quanto amamos, de quanto é importante esse amor, esse encontro em nossas vidas... 

Em relações muito agredidas e ressentidas, precisamos nos desarmar para ousar no amor!     Precisamos de “Coragem para Mudar” nosso jeito de amar; de coragem para chegar aos outros ousando parecer “bobos”, ousando enfrentar o olhar sem graça e desconfiado de quem não espera isso. Podemos começar por um toque rápido e suave nas cabelos, nos ombros, ou um sorriso apenas cordial num momento de tranquilidade.

          Amar sem carinho é matar o amor lentamente. Secando-o,  vamos nos secando, como um galho triste e morto, em  uma terra árida e sem alegria.  O carinho é o alimento suave, doce, colorido, perfumado, que nutre nossos amores e nossas vidas.




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