Nós, Anônimos, somos homens e mulheres de boa vontade em ação; ação que busca a recuperação de nossa sanidade, de nosso equilíbrio, de nossa possibilidade de amar sem medo e luta, a recuperação de nossa capacidade de ser feliz.
Os Passos, lemas, toda nossa literatura nos apontam um novo caminho para esse velho anseio. Eles sugerem uma ação diferenciada daquela que sempre tivemos. Ela precisa ser diferente para ter coerência com o que hoje acreditamos que possa nos trazer felicidade.
Estamos trocando um caminho que nos levava sempre para fora, para a luta, o controle, a busca do sucesso material, o prestígio, pela descoberta continuada de uma trilha interna, incrível, inexplorada, que nos leva ao despertar de nossa espiritualidade, de nossa capacidade de viver com gentileza, compaixão, alegria... com amor.
Nós entendemos que não basta compreender, endossar, admirar, propagar tudo que estamos descobrindo nessa nova possibilidade de viver. Sem uma ação modificada, coerente com esse novo desejo, ficamos imobilizados no campo das idéias, das teorias, não avançamos e retornamos, aos poucos, às velhas disputas...
Ação é recuperação quando experimentamos, ousamos, fazer diferente do que fomos condicionados, do que nos é cobrado. É usar os impulsos internos e ternos do nosso coração orientado por uma mente aberta para superar as dificuldades das mudanças, nossos tropeços, nosso ritmo inconstante, as crenças e comportamentos antigos que ainda gritam tão alto em nós querendo nos imobilizar, fazer retroceder. É estar cada vez mais comigo, numa relação diferente, atenta, curiosa, gentil, aceitando-me para poder me modificar - numa relação respeitosa e responsável. Se os Grupos nos dão a oportunidade de aprender esse novo modo de estar em ação, ensinando-nos a compartilhar - ouvindo com abertura e compaixão e a nos revelar com coragem e verdade - é ali também, e principalmente, que podemos praticá-lo. O Serviço é onde efetivamente exercitaremos essa ação que revela, ou não, nossa recuperação. É onde precisamos ser responsáveis, honestos e respeitosos com as tarefas que nos são delegadas e, na mesma medida, quando as delegamos a nossos companheiros. Atenção a nós mesmos, nas Reuniões de Serviço onde as opiniões diferem e as personalidades ameaçam a Unidade e os Princípios Espirituais que tanto buscamos. Atenção para
chegar ao outro com respeito, sem tentar catequizar, convencer, competir, sem fazer promoção arrogante das nossas certezas. Essa ação diferente no Grupo e nos Serviços é que vai preparando-nos para a recuperação maior de nós mesmos e de nossas relações.
Essa é a ação que traduz e fortalece a recuperação e a ela precisamos estar atentos com perseverança e muito boa vontade, um dia de cada vez, um momento de cada vez.
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