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quinta-feira, 14 de julho de 2011

TEM QUE...




Quantos “tem que” ouvi, ainda ouço e repito (a mim e aos outros) a cada momento? Tem que acordar, trabalhar, lavar, comer, malhar, transar, cuidar-se, cuidar e escolher pelos outros, salvá-los, rezar por nós, pelo mundo, entender, perdoar... Tem que revidar, vencer, fugir da derrota, da rejeição, se desapegar...
Tem que são ordens desrespeitosas que desde sempre ouvimos e aprendemos a repeti-las para nós mesmos (e nas nossas relações).
Mesmo os tem que “do bem, para o bem” trazem o peso horrível da obrigação, da falta de opção, da falta de respeito ao que queremos ou ao que podemos. Tem que..., tinha que... você devia... podia, ia, ia... Funcionam como comandos internos que nos foram dados tantas vezes que acabaram encontrando eco em nós mesmos e para sempre os repetimos, repetimos...
Porque achamos que são por um bom ou justo propósito, porque nos acostumamos a acatar essas ordens, mais acumulamos nossas vidas, nosso tempo; mais nos cobramos sem descanso, sem a mínima generosidade ou respeito conosco. Sem perceber, vamos invadindo-nos, explorando, sufocando...( “tenho que, eu devia...). Por conta disso tudo, vamos também nos tornando irritadiços, magoados, vitimados, agressivos... e tudo que temos negado a nós mesmos, acabamos, tantas vezes, cobrando ou negando aos outros, também.
Em cada um dos tantos momentos em que penso e repito a mim mesmo “tem que”, preciso me reportar ao Primeiro Passo que me sinaliza:
Cuidado! Você perde o controle de si e de sua vida quando quer controlar tudo, quando não respeita sua impotência perante a vida dos outros, quando não respeita seus próprios limites no momento! Na Oração da Serenidade busco, confiante no amor de um Poder Superior, a aceitação, sem culpa, do que está fora do meu alcance fazer ou modificar e peço coragem para fazer o que Posso a cada momento. Não o que “devia ou tinha que” mas a boa vontade de fazer o que posso.
O caminho que busco, através dos 12 Passos, para um crescimento que me traga felicidade, é um caminho espiritual, portanto amoroso, generoso e profundamente respeitoso comigo mesmo e com os outros.

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