As opiniões
exprimem nossa apreciação sobre qualquer assunto – naquele momento!
Somos seres vivos,
portanto, seres em aberto, flexíveis, mutantes, mutáveis, em constante
transformação... e nossas opiniões, reflexos do nosso pensamento, precisam ser
coerentes com o que somos e atestar que estamos vivos – em movimento – de olhar e escuta com amplitude,
retificando-as ou ratificando-as, mas
certamente enriquecendo-as com novos aspectos apreendidos.
Quando dizemos ou pensamos: “Já tenho uma opinião formada...”
apenas dizemos que estamos fechados, teimosos, congelados em nosso orgulho e
enrijecidos naquele pensar, tantas vezes herdado ou manipulado!
De qualquer forma, as opiniões são um “instantâneo” de cada
um de nós e por isso precisam ser
respeitadas. Não devem ser discutidas, ironizadas, comparadas, disputadas –
qual a melhor, a mais certa, a mais honesta... Não devem ser transformadas em
munição para o convencimento, em uma disputa que só nos afasta, só nos enrijece
em nossas posições de ataque/defesa, cada vez mais prisioneiros de nossos egos.
Numa visão maravilhosamente promissora de crescimento, num
contexto de humildade, igualdade e cooperação, buscando, com gentileza e
abertura, a solução de propósitos em comum, podemos desfrutar da experiência
extremamente enriquecedora de compartilhar
opiniões. Nesse contexto, cada um por
sua vez colaborando com suas opiniões, escutando com mente aberta, podendo
refletir e enriquecer ideias, temos a oportunidade de nos sentir “pertencendo”
e coautores de nossas soluções.
Minha opinião, sozinha ou uni/direcionada, mesmo quando bem
embasada, fica empobrecida nesse meu olhar “caolho”. A troca, não a disputa, é que pode nos enriquecer
e nos fazer sentir participantes de uma Consciência maior e melhor. A discussão
fere, agride e nos mantém entrincheirados em nossas razões e opiniões. O
Compartilhar, ao contrário, nos enriquece e aproxima .
Mas, se não for,
ainda, possível essa troca inteligente e generosa, que cada um fique com a sua
opinião – sem disputa, com respeito.