Embora possa
não parecer, a Vaidade encobre (e expressa!) uma necessidade sempre presente,
consciente ou não, de valorização. Em nossas relações, como a Vaidade engana!
Ela quer nos fazer parecer mais e melhor, enquanto disfarça nosso medo de parecer
menos e pior, num esforço contínuo para demonstrarmos nossos dons e nosso
brilho, a nós mesmos e ao mundo.
Como ainda não temos conhecimento e
acesso contínuo e satisfatório, às nossas verdadeiras possibilidades, dons e
brilho interior, precisamos sempre, desesperadamente (não é exagero), que
reconheçam nosso brilho e nosso Valor. Desde sempre aprendemos, todos, a manipular
e sermos manipulados através da Vaidade, que nos leva a dar ouvidos ao que
nos envaidece e a dizer ao outro o que a vaidade dele quer ouvir.
Somos seres de relação, nos
humanizamos no contato uns com outros, numa eterna busca por Valor e Amor. Se ainda tão pouco nos conhecemos,
valorizamos e amamos, ficamos à mercê somente da valorização que possamos
receber do mundo. Por isso temos tanto medo que, no contexto onde vivemos
(familiar ou social), não reconheçam nossas qualidades, em quaisquer níveis.
A Vaidade, então, está ligada às
necessidades do Ego, necessidade de prestígio, de “sucesso”, de poder, de vencer, de não perder, de ser
mais... no bem ou no mal (não importa, importa apenas que sejamos valorizados).
Para isso, a Vaidade nos leva à construção de uma vitrine, uma fachada, muitas
vezes falsa ou artificial de nós mesmos, onde ficamos em constante exposição e comparação.
Assim, a Vaidade nos mantém vivendo e olhando para fora.
Somos prisioneiros da necessidade de elogios - das pessoas ou de nós mesmos, os verdadeiros
ou até os falsos, que nos obrigamos a acreditar para retroalimentar as crenças,
anseios ou as imagens ideais que
criamos. E pelos mesmos motivos nos deixamos duramente atingir ou até derrotar pelas
críticas que agridam nossa vaidade.
À medida que vamo-nos conhecendo com mais Verdade, com defeitos
e qualidades, vamos, também, criando uma intimidade carinhosa conosco mesmos, que nos faz, cada vez mais,
tomarmos consciência amorosa de nosso Valor intrínseco como Ser Humano Único...
E vamo-nos aceitando, a cada momento, como fomos e como somos, sem
“necessidade” de aprovação.
É muito tênue a linha que separa a Alegria Simples e Verdadeira de Ser/ Estar bem, conosco mesmos e
com as pessoas, de gostarmos dos elogios honestos e de nos sentirmos felizes
com nossos avanços nas várias áreas de nossa vida, da Vaidade que está à
espreita e quer sempre nos aprisionar. Como
já foi dito pelo “Mal”, nos manipulando sempre:
- Vaidade Humana, você sempre foi minha maior aliada!