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domingo, 14 de junho de 2015

QUE MEDO É ESSE ?


            Que medo é esse que nos prende a relações onde estamos sempre vivendo em agonia? É uma profunda carência? De que? O que nos falta e essa falta tanto nos aterroriza? Preciso me entender melhor, mergulhar mais fundo em mim, mergulhar com atenção, honestidade e carinho... Preciso me libertar!

            Que medo é esse?  É medo de perder segurança material ? Medo de perder status, aprovação e respeito dos outros? É medo de perder a segurança afetiva , de nos sentirmos menos amados, medo de não nos sentirmos aceitos com nossas deficiências, com nosso modo de ser? Medo de deixar entrever quem somos e sermos rejeitados, desamados, desprezados?   Medo de não atendermos às expectativas do Outro ou às expectativas dos outros naquela relação? Ah, que medo agoniante de decepcionar e não sermos mais valorizados, admirados... E se formos ironizados e rejeitados?

            Que medo é esse que nos faz calar, “engolir”, nos submeter ao que não queremos? Que nos impede de dizer nossas “verdades” ou vontades? Que me impede de ser quem sou...Que medo é esse que não nos deixa ouvir e “ver” o que de real acontece à nossa volta; que nos acovarda a ponto de fugirmos das nossas mais básicas responsabilidades, conosco mesmos e em nossos papéis  principais (pais, filhos, companheiros...) “Não é bem assim...”  Que medo é esse que nos aprisiona na raiva das submissões medrosas e acaba por nos fazer acreditar que “Não me importa”, “Eu não ligo”!  Até que descubro que já não ligo para quase tudo, que perdi o gosto/gozo de viver com verdade e espontaneidade!  Que liga é essa que mantem unidas pessoas já tão indiferentes, até antagônicas? Estão ligadas pelo medo!

           Precisamos entender esse nosso medo, essa carência, esse “buraco sem fundo”, que transforma as relações amorosas em verdadeiros impasses em nossas vidas. Só eu mesma posso fazer essas descobertas, só eu mesma posso me aventurar para dentro de mim, descobrindo a origem desses medos na carência de auto amor e auto valorização. Em muitas relações, ainda entregamos aos outros o poder de decidir se merecemos ser amados, se temos valor...

Talvez um olhar mais destemido, sensível, aprofundado, em nossa história possa explicar um pouco tudo isso.  Mas não é só esse entendimento que me libertará!  Preciso estar mais juntinho a mim, preciso cultivar uma gostosa intimidade comigo para ir descobrindo o que já posso a cada momento; preciso começar a me admirar! Conhecendo e encarando meus medos, meus fantasmas, posso desarmá-los e espantá-los com uma Força Interior que vou descobrindo e exercitando. Carinhosamente cuidando de mim, dando um passo de cada vez em direção à minha auto valorização e auto estima vou diluindo esses medos, caminhando mais livre, me relacionando com soltura e alegria.  

Um comentário:

  1. Consegui acessar como http://mariatude.blogspot.com.br/ sANDRA TEM PUBLICAÇÕE POR TEMA OU POR DATAS, MUITO INTERESSANTE

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