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segunda-feira, 29 de junho de 2015

COMEÇO - MEIO - FIM


           Tudo tem um começo. Cada começo demonstra um desejo, busca um fim e usamos de meios para chegar a esse fim. Eles precisam ser, todos, coerentes entre si! Uma escolha, qualquer escolha, é um começo para sempre comprometido com uma finalidade e requer os meios (atitudes e comportamentos) que, também, lhe sejam coerentes.

            Acredito ser importante nos perguntarmos: Por que fiz/faço essa escolha? O que me move nessa direção? Estou ciente de que é o início de um caminho, um projeto?  Escolhas éticas, escolhas do “bem”, para o Bem, por Amor, para uma finalidade generosa e amorosa, precisam encontrar meios de se concretizarem através de comportamentos/atitudes também éticos e amorosos.

            Quando escolho ajudar ou cooperar (começo e fim do “bem”) preciso usar meios do “Bem”: respeitar, ouvir, aceitar, acolher... É absurdo usar meios, quaisquer meios, agressivos, duros, de força,  de prepotência e impaciência, meios do ego... e justificá-los pelos “bons propósitos”, pelos fins a que serviriam.  Os fins não justificam os meios que não lhe sejam afins!

            Nas relações familiares, religiosas, políticas, culturais... em nome do “meu amor maior”, da vontade do “meu Deus (o verdadeiro)”, das minhas “melhores razões e informações”, da minha “superioridade cultural”, da minha “maior generosidade”, do meu “maior senso de justiça”... posso estar iniciando lutas onde uso de quaisquer meios para prevalecer minhas razões. Na verdade, luto pelo meu ponto de vista, pela supremacia dos meus “bons propósitos” – do meu ego! 

Não nos enganemos, o ego quer e precisa vencer, por quaisquer meios, com quaisquer justificativas, mesmo dizendo que é para um fim generoso, virtuoso e espiritual!  Podemos tudo, só não podemos nos enganar! Viver no auto engano complica nossas relações e retarda nosso caminhar.  A cada escolha/início com vista a um determinado fim “do bem”, preciso me perguntar: É de minha alçada? Devo? Tenho direito de invadir e lutar pelo outro? Minhas atitudes são respeitosas comigo e com os outros? Estou usando de força, presunção, manipulação, mentira...em nome do amor e da justiça? Estou atropelando, tomando a frente, em nome do amor?  Estou me punindo, silenciando, me agredindo... em nome da virtude?  Estou fazendo/pregando a guerra em nome da Paz e do Amor?!


              É preciso haver coerência entre os meios e os fins!!!


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