Coisas
acontecem em nossa casa, na família, na cidade, no mundo, e logo tendemos a cobrar,
julgar, culpar e condenar uns aos outros!
Logo teorizamos sobre governos, povos, pessoas, amigos e familiares ... sempre
sobre os outros! E esse olhar crítico só
nos traz azedume, raiva, irritação, frustração, indignação. Só nos mantém em
estado constante defensivo/agressivo, prontos para a luta.
Afinal, quem são esses Outros, tão errados, tão
equivocados? Na verdade, não sei! Só sei como deveriam ser, segundo a
minha ótica! Eu luto, me indigno,
critico, condeno... mas eles não mudam! Apenas se fazem de surdos ou se
defendem e contra atacam! Nada muda!
Acho, às vezes, que
estou olhando para o lado errado! Melhor será mudar o foco do meu olhar! Já foi sugerido: “Não julgueis!” Vou tentar me colocar no lugar dos outros e,
mudando a direção do meu olhar, examinar como Eu penso, sinto e ajo em cada
questão. Melhor será deixar de
teorizar e acusar, perguntando-me como Eu posso, efetivamente, ajudar, fazer a
minha parte, nesse momento, nessa situação. Talvez, nesse instante, nessa
questão, não me ocorra nenhuma possibilidade de atuar. Talvez só consiga me
comover, me emocionar, me apaziguar... Isso efetivamente, objetivamente, eu
posso! Isso, efetivamente, passa por mim, de modo positivo e amoroso, antes de
ir para os outros. Isso, efetivamente, não irá provocar defesas, reações, jogo
de culpas e desculpas, paralização e omissão. Isso, objetivamente, me dá um
tempo para entender as razões e dificuldades dos Outros e poder “chegar junto”,
não com as minhas soluções, mas com boa vontade e disponibilidade. Talvez até
possa, efetivamente, materialmente e afetivamente, ajudar pessoas próximas ou
distantes.
Trazer o olhar para mim, mudando o
foco de minha atenção, muda tudo para mim. A partir de meu olhar interiorizado,
entendo e sinto melhor minha humanidade e chego, então, melhor à humanidade das
pessoas e do mundo.
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