Pandemias
são epidemias que ameaçam se espalhar por todo o mundo. Ficamos muito
assustados quando noticiários nos alertam para essas ameaças! Temos muito medo
de doenças que ameacem nossa vida física, nossa permanência por aqui, mesmo com
dores e perdas de todo tipo. Mas parecemos
não estar conscientes da mais antiga, e cada vez mais letal, de todas as
doenças que atingem nosso Ser em evolução – o medo, a raiva, o ódio, o
ressentimento profundo, com justificativas sem fim... E essa pandemia se
espalha pelas mídias, pelas redes, pelas conversas, pelas verdades terríveis,
pelas mentiras, pelo cultivo contínuo do horror! Vivemos todos, de todas as cores e lados, sob
essa energia densa e doentia. E nela proliferam os loucos radicais, os paladinos
nacionais e os “defensores divinos” de suas verdades sagradas. Nela também se justificam os agredidos, os
justiceiros, os vingadores... Como irá tudo se acabar? Sobreviveremos?
Porque, viver, há muito, já não vivemos...
Somos Seres Espirituais, mas estamos
aprisionados, encalhados, impactados, em nossa caminhada. Agimos e reagimos, apenas, como animais
racionais. Queremos poder e submeter!
Defendemo-nos e atacamos... Invadimos e nos deixamos invadir, exploramos e nos
deixamos explorar, numa eterna luta, perdida nos tempos. Quem começou? Quem
atirou a primeira pedra? Quando? Por quê? E agora?
Como estabelecer um mínimo de ordem e limites nesse caos de ódios?
É incrível como essas situações de luta e ódio
, refletem exatamente situações “amorosas”,
em família. Confundimos generosidade com permissividade; aceitação com mistura
e falta de limites claros que nos permitam sermos quem somos em nossas
diferentes histórias e caminhos. Falta respeito – o carro chefe do Amor- entre
nós: em casa, em nossas igrejas, em nossos governos, em nossas relações com
outros povos. Respeito são regras e limites claros, sinalizados com honestidade
e firmeza, sem agressividade, a cada situação. Quando isso não acontece, quando
desrespeitamos ou permitimos que desrespeitem
os necessários limites e regras, sobrevêm as invasões, as agressões, a necessidade de revide, o medo, o
ódio, o desamor, a infelicidade... E agora? Está tudo tão difícil! Estamos todos
tão envolvidos, indignados e confusos nas disputas...
Quisera poder trazer paz à minha
casa, ao meu país, ao mundo! Quisera que um Deus Amoroso se interpusesse entre
todos e trouxesse ordem à casa. Seria uma solução milagrosa, curativa
maravilhosa... e cômoda! Mas, acredito
que, se faço parte dessa humanidade tão adoecida, cabe a mim, e cada um de nós,
criar meus anticorpos ao ódio, parar de me deixar contaminar mais, estabelecer
e honrar meus limites, buscar viver e conviver de modo mais amoroso e
respeitoso. A dor do caos que vivemos pode servir para reforçar nossa busca de
um viver mais nutrido de Amor, mais nutridor em nossas relações. Afinal, somos
seres espirituais a caminho da Casa do Pai. “Doenças, epidemias, pandemias”,
podem nos retardar, mas não podem
impedir nossa Centelha Sagrada de buscar sua Origem de Amor.
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