Existe um
dia especialmente dedicado aos que já se foram. Esse dia nos remete às lembranças,
à dor sem fim da saudade e a tantos questionamentos...
Eles passaram, findaram suas
presenças e a atuação entre nós, que aqui ficamos. Nos deixaram, nos foram
“tirados”, foram chamados, convocados por uma Determinação Maior. Crianças,
jovens, velhos... Acabou seu tempo aqui! Um tempo que, muitas vezes, parece
desafiar nossa lógica, ainda tão pequena e nosso desconhecimento de um processo
maior.
O findar da vida física (a “morte”)
nos fascina e horroriza como parte do Grande Mistério que somos e do qual
fazemos parte. Por que? Por que agora? Por que a criancinha, o jovem, o justo, o
bom...? E nós? Quando?
Sabemos que, na verdade, nada morre
num universo vivo, pulsante, eterno. Sabemos que há apenas uma mudança de
dimensão, mas não gostamos de mudanças, de partidas, de despedidas... De nos
sentirmos tão mais sós! Não
gostamos de não haver mais possibilidade de tudo continuar a ser como era, como
nós conhecíamos... De não conseguirmos mais desfrutar do que era doce e gostoso
em nossas relações mais queridas... De não termos a chance de nos conhecermos
melhor... De não haver mais possibilidade de consertarmos tudo que não
conseguimos acertar entre nós...
Choramos por todas as oportunidades que tivemos juntos nessa passagem,
mas que agora acabou. Certamente teremos
novas oportunidades de nos rever noutras dimensões, quando lá também estivermos ou de nos reencontrarmos em outras
histórias... Mas essa nossa história de
agora – essa passou. E isso dói demais!
Esse dia simbólico existe para
homenagear a passagem dos que por aqui estiveram e já se foram. A eles, como a
nós, foi dado um tempo e muitos desafios para melhor aprendizado. Fizeram o que
puderam, do modo que conseguiram. A eles, nossos queridos (ou os
desconhecidos), mais do que nossa saudade e nosso amor, permanece nosso imenso
respeito.
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