Os mitos e
símbolos que “adoramos” são ecos , reverberações, da Luz Original de onde
viemos e que trazemos, mesmo que ainda bastante oculta. Esses mitos nos atraem,
nutrem e nos orientam na caminhada em busca da Plenitude Sagrada. Os Homens sempre amaram seus mitos e tentaram concretizá-los,
humanizá-los, torná-los mais próximos e possíveis. Esses heróis míticos são
encontrados em lendas, histórias fantásticas e milagrosas, personificadas por
heróis, por santos... Pessoas especiais porque
expressaram e viveram os valores mais sagrados e espirituais: Verdade, Justiça,
Compaixão, Coragem, Gentileza Generosidade... Amor, enfim.
Como pessoas ou personagens, eles tornam-se mais próximos a nós e nos
satisfazem essa “fome” do Sagrado, do Bem e do Melhor. Criado e alimentado em nosso imaginário, um
Herói Gentil é um eterno defensor do Bem. É o protetor amoroso dos pequenos,
dos pais, dos filhos... É o leal amigo,
companheiro, amante... É forte, resiste aos maus, protege os fracos, sem lutar
contra, sem agredir, sem desistir...
Esse é o mito do Herói Gentil! Às vezes, o encontramos numa história
corriqueira, numa ficção de cinema, livro ou Tv, símbolo mítico disfarçado de
um simples personagem, mas que nos nutre com os valores maravilhosos pelos
quais tanto ansiamos.
Em tempos tão feios, tão cínicos e
agressivos, tão desumanos... Em tempos onde as mídias velozes e ferozes só nos
trazem os avanços e justificativas para o mal... Tempos onde os mitos e
símbolos do Bem são ridicularizados e se tornam tão distantes. Tempos de valorização de anti-heróis, onde mitos
de nações, instituições e de homens se esboroam, desmascaram, caem... Nesses tempos, nos apegamos ao conforto e à
delícia de, mesmo que através da ficção, usufruirmos e cultivarmos a esperança
de viver o Bem e o Amor.
De repente, no entanto, o horror e a
dor que acompanham as perdas inesperadas!
A Natureza retomou nosso Herói Gentil!
Ficamos presos a uma comoção intensa, que até nos confundiu! Não
sabíamos explicar porque tanto abalo e dor, maior do que normalmente
sentiríamos! Só aos poucos vamos entendendo que essa dor ia além da perda de
uma pessoa tão querida, que encarnava aquele mito heroico. Era uma dor pela
perda daquele que saciava nossa sede simbólica e inconsciente dos valores do
Herói. É importante entendermos nossos porquês!
Perdemos nosso Herói Gentil, mas
somente o herói na realidade física. O Mito, que aquele personagem tão bem nos
traduziu e encarnou, continua vivo em nosso inconsciente e cada vez mais procurado
de forma consciente. Ele habita em nosso imaginário mais sagrado, nutre nossos
sonhos e anseios e nos impulsiona na
caminhada para a Luz.
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