Momentos de auto piedade, momentos de tristeza, “
inconformação”, mágoa, irritação, raiva, ressentimento, vitimação... Por que tudo isso? Por que tanto, meu Deus?
É demais! Eu não queria... Eu não merecia...
Cheia de auto piedade, eu ainda luto para mudar tudo
conforme o meu desejo. Eu ainda espero, eu tenho pressa para ver mudanças nos
outros e no mundo! Fico extremamente crítica com a vida, comigo mesma, com tudo
e todos. Olho para atrás, para as perdas, os erros, para minhas culpas e
arrependimentos... e tenho pena do que fui e do que me fizeram sofrer! Tudo me
incomoda, os sonhos e desejos frustrados de um mundo que tanto desejei
“perfeito”. Sinto-me deprimida e fico depressiva em minhas relações. Sinto-me,
assim, cada vez mais pessimista em todas as minhas avaliações. Nada tem, ou
terá, a solução que eu queria... Ninguém é, ou será, como eu desejava e
precisava, ninguém me entende, ninguém me ama... Tenho “pena” de mim! Acredito que “auto piedade é melhor do que
nenhuma”! Remoendo esses pensamentos e percepções negativas, tudo me parece
doloroso e soturno...
Mas somos seres espirituais, com origem na Luz! Fico, então,
num impasse! Não posso me deixar paralisar nessa escuridão melancólica e
chorosa. Anseio por Luz, “ar fresco”,
leveza, sorrisos... Anseio por uma sintonia melhor! Planto um sorriso no rosto, mesmo forçado,
só para relaxar essa máscara depressiva que me aprisiona. Relaxo o corpo ao som
de uma música alegre, para ajudar a soltar
a mente. Volto meu olhar interior para a Luz de Deus, Luz que pode me
fortalecer e libertar dessa agonia. E me entrego a Ela, e converso com Ela. Busco ouvir agora uma música doce e suave,
que me transmite serenidade, que me comove e possa me conduzir a um novo estado
interior, a uma ação positiva e criativa.
Sei que sou ouvida e “perdoada” por minhas carências, por
minhas infantilidades chorosas e zangadas, pela minha necessidade de um “colo
amoroso”, que esse mundo ainda não pode me dar. Apaziguada, vou transformando
auto piedade magoada e raivosa, em aceitação e compaixão pela minha humanidade
e meu momento. Sinto que, apoiada na Luz de minha origem sagrada, vou superando
visões equivocadas e pensamentos distorcidos. E esse mundo tão escuro e feio,
começa a se mostrar também doce, bonito e que vale a pena viver suas
possibilidades.
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