Noites de insônia... Como nos maltratam! Horas que não
passam, dia que não chega, manhãs que não clareiam, trazendo luz para espantar
a escuridão que me oprimia, que me aprisionava em pensamentos dispersos,
saltitantes, confusos, desorganizados ou
insistentes, recorrentes, fixados... Não
há descanso, relaxamento, esquecimento.
São situações e problemas que voltam, pensamentos
insistentes que se impõem e exigem que achemos as soluções – problemas no
trabalho, nas relações mais amplas, na família. E nos revolvemos em agonia,
querendo achar o sono, uma fuga, um descanso.
Tentamos pensamentos diferentes e acabamos presos em
lembranças... Algumas boas lembranças, que nos trazem saudade, nostalgia,
lágrimas aos olhos, que entopem nosso nariz e mais dão mais desconforto ao
corpo. Ou tristes lembranças que nos
fazem reviver muita dor, que nos açoitam, indefesos! Ou ainda lembranças ruins
de lutas passadas, de erros, culpas, mágoas, vergonhas, raivas...
Fugimos das lembranças e nos vemos assustados com
pensamentos de possíveis perdas e problemas futuros... Às vezes, conseguimos fugir para boas
fantasias, sonhando acordados com situações felizes e ali tentamos ficar,
tentando nos agarrar às fantasias. Mas a mente malvada, talvez influenciada
pela escuridão e pela nossa prisão à noite, nos carrega pelo medo a, de novo,
imaginar dores e perigos a ameaçar a quem amamos. Quanta agonia!
Por fim, mais uma vez olhamos o relógio e, desta vez,
misericordiosamente, o tempo deu uma adiantada! Devo ter cochilado entre um
pensamento e outro...
Vou tentar
relaxar meu corpo e minha mente. Não vou lutar contra a insônia, porque a luta
me mantem acordada. Não vou lutar contra
meus pensamentos teimosos, apenas não vou “responder” a eles. Vou deixá-los
soltos e prestar atenção só à minha respiração... Apenas isso, “Mantenha-o
simples”! Solto-me e Entrego-me .ao relaxamento e ao sono...
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