Eu existo – Eu Sou, em minha unicidade. Sou expressão única
e centelha de uma Luz Maior. Sou guardiã e portadora dessa centelha. Sou
responsável pelo desabrochar de suas infinitas potencialidades, garantidas por
sua Origem Sagrada.
Mas também faço parte
de outros grupos – família, espécie, raça, cultura... humanidade! E, para não ser engolida, para não me sentir
perdida, sem rosto, sem expressão, jogada e repuxada em tantos aspectos pelos
grupos dos quais faço parte, num universo em constante transformação, preciso
começar a tentar me conhecer, me situar, sentir até onde posso ir em cada
momento e até onde posso permitir que venham sobre mim.
Pensar em Limites é pensar em RESPEITO. Respeito ao Ser que
sou, às minhas possibilidades físicas, emocionais, psicológicas... no momento.
Infelizmente, ainda atrelo essas minhas possibilidades às necessidades que me
cobram e às quais me imponho nas minhas relações! Esqueço o auto respeito e me deixo atropelar
pelo desejo de ser amado e ser valorizado como familiar, amigo, cidadão,...
etc.
O preço do Pertencimento nos é cobrado com o desrespeito a
nós mesmos. Foi-nos passado um sistema de crenças onde nos sentimos obrigados a
sermos vencedores, a atendermos às expectativas dos outros, a cumprirmos a
missão impossível de salvarmos e modificarmos uns aos outros. Precisamos buscar o equilíbrio entre a
necessidade de Pertencer e a responsabilidade de Ser. Até onde devo? Até onde é absurdo o que se
exige ou o que exijo de mim? Até onde posso?
Para saber esses meus
limites, preciso então estar em constante contato comigo mesma, com meu
corpo, em minha idade, com minhas emoções, minhas falhas, minha coragem, meus
medos, minhas culpas... e meu desejo e direito de ser feliz!
Aprendendo, um dia de cada vez, a respeitar meu espaço e meu
momentâneo tamanho, aprendendo a comunicar esses meus limites aos outros
(principalmente aos mais queridos), vou entendendo a necessidade de, também , respeitar
o outro, com suas possibilidades de acertar e errar. Assim, ambos, poderemos
crescer cumprindo o sentido maior de
nossas vidas.
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