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domingo, 5 de junho de 2022

É Tão triste...

 


         E a gente se acostuma!!! Não entendemos como tudo ficou assim! Havia tanto amor, tanto carinho! Era tão gostoso estarmos juntinhos! Havia alegria quando nos víamos e, quando separados, havia vontade de logo voltarmos a estar juntos... ´Éramos nós com nossos filhos pequenos, era o casal que sonhou junto um futuro de puro prazer e amor... Mas agora acabou!!! O que mudou? Em que pedaço do caminho nós perdemos a gostosura de estarmos juntos, se ainda nos amávamos? Por que ficamos divididos entre o alívio da distância e a dor da saudade? O que fizemos com nosso Amor?

Podemos pensar que foi porque os filhos cresceram, porque nós mesmos crescemos e tivemos novos interesses, porque o tempo e a vida nos levaram para longe uns dos outros, ou porque o casal já está junto há muito tempo...  Não podemos trocar de filhos ou pais, mas acreditamos que trocando os parceiros tudo vai dar certo e tristemente verificamos que o mesmo mal está corroendo até a nova relação!  Desanimados, amargos, cansados, conformados, justificamos a secura e aridez em nossas relações pensando: É assim mesmo com todo mundo!

Que mal é esse que corrói a doçura de nossos amores? Será que o mal nasce na crença de que amar é misturar quem somos, de que amar é tentar dominar para “cuidar”, porque o outro é “o Meu Amor”! Será que é porque queremos nos mostrar “ o melhor”, o que tem razão?... Sob essa ótica equivocada, tudo começa a incomodar, até o caminhar abraçados com nossas passadas tão diferentes... E  vamos ficando impacientes com as dificuldades ao descobrir nossas diferenças! E a impaciência constante gera irritação, grosseria, agressividade, desamor, mesmo dentro do amor!

Nossas relações com estranhos, não contaminadas por essas crenças tortas, tornam-se muito mais sadias e respeitosas. Assim, nos tornamos bons para “Uso Externo”! No delírio de posse (e para nos defender do mesmo delírio do Outro), de querer saber quem é o melhor, o que é melhor para o Outro, de reclamar, de cobrar ... Nessa disputa, mesmo apegados a quem amamos, perdemos o cuidado com o próprio Amor.

O Amor é um sentimento espiritual! Requer cuidados espirituais! Requer Respeito a quem somos e ao Outro; requer Gentileza no trato porque Gentileza constante  é uma forma  constante de Carinho e Cuidado; requer Generosidade com quem amamos e Gratidão com quem nos ama, requer sermos Solidários nos momentos difíceis.  Requer Respeito conosco mesmos, aprendendo a sermos Honestos e Assertivos com Firmeza e Gentileza, no cuidado com nosso espaço...

Como já disseram os poetas, “Cuidar de Amor exige Mestria”, mas vale a pena para não chegarmos a ficar “como pedras que choram sozinhas no mesmo lugar”, esperando que a morte, misericordiosamente, num dia triste nos liberte! É tão triste!!!

Aos que iniciam uma vida juntos, fica um alerta para os cuidados simples com o Amor. Aos que tem suas relações já muito desgastadas pela falta de cuidados ao longo do tempo, fica a lembrança de que podemos  resgatar, senão aquele amor, pelo menos a cordialidade e a amizade, em respeito ao início de nossos sonhos. A receita é simples -Respeito e gentileza!




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